Homem acusado de homicídio por asfixiar mulher nega intenção de matar - TVI

Homem acusado de homicídio por asfixiar mulher nega intenção de matar

  • SL
  • 18 set 2019, 17:59
Violência doméstica

Advogado do suspeito disse que este assumiu o crime de violência doméstica e não o de homicídio

O Ministério Público (MP) acusou de homicídio qualificado um homem que terá matado a mulher por asfixia na residência do casal em Salamonde, Vieira do Minho, anunciou esta quarta-feira a Procuradoria-Geral Distrital do Porto.

Em nota publicada na sua página, aquela procuradoria refere que o crime ocorreu em 6 de março, tendo o arguido “apertado o pescoço” da mulher, “com o que lhe causou a morte por asfixia”.

Segundo a nota, o MP o requereu igualmente a “indignidade sucessória” do arguido, relativamente à sucessão aberta pela morte do cônjuge.

Requereu ainda o arbitramento de uma quantia a título de reparação pelos prejuízos sofridos pelos familiares, na circunstância de não vir a ser, por estes, deduzido um pedido de indemnização civil.

O MP deu também início às diligências necessárias a aferir da verificação dos pressupostos legais para o adiantamento dessa indemnização pela Comissão de Proteção às Vítimas de Crime Violento.

O arguido, motorista profissional, está em prisão preventiva.

Segundo avançou na altura a Polícia Judiciária, o crime registou-se num quadro de violência conjugal.

Na noite do crime, o marido da vítima foi entregar-se à GNR de Braga.

O advogado do suspeito disse que este assumiu o crime de violência doméstica e não o de homicídio.

“O meu cliente não assumiu, nem assume, a autoria do homicídio. Disse que agrediu a mulher, nunca disse que a matou”, referiu o advogado João Magalhães, à Lusa.

Acrescentou que, quando o homem abandonou o local, a mulher ainda estaria viva.

Disse ainda que, no local do crime, também se encontrava o alegado “amante” da vítima, tendo sido este quem deu o alerta às autoridades.

Segundo João Magalhães, o marido terá tido uma discussão com a vítima, acusando-a de infidelidade.

“A mulher ainda terá tentado tirar-lhe uma avultada quantia em dinheiro que ele tinha no bolso da camisa, houve zaragata, agressões, estaladas”, acrescentou.

O casal esteve emigrado duas décadas em Inglaterra, mas voltou a Portugal em 2017, abrindo em Vieira do Minho uma unidade de alojamento local e um restaurante.

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