Pena suspensa para acusado de agredir mulher, filha e enteado - TVI

Pena suspensa para acusado de agredir mulher, filha e enteado

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  • 3 abr 2018, 17:38
Justiça (arquivo)

Tribunal da Feira condenou homem de 42 anos a quatro anos de prisão. Para a suspensão da pena, pesou o facto de o arguido não ter antecedentes criminais e estar inserido na comunidade

O Tribunal da Feira condenou esta terça-feira a quatro anos de prisão, com pena suspensa, um homem de 42 anos que estava acusado de agredir a mulher, a filha de cinco anos e o enteado de 13.

Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente disse que foi dado como provado que o arguido agrediu física e psicologicamente a mulher e o enteado.

Quanto às agressões à filha menor, o tribunal deu como provado apenas um dos episódios, tendo o juiz considerado que “existiram algumas incongruências nas declarações da menor”.

O arguido foi assim condenado por dois dos três crimes de violência doméstica de que estava acusado e por um crime de ofensa à integridade física na forma qualificada, praticado sobre a filha.

O juiz presidente assinalou ainda que o arguido "padece de perturbação obsessiva compulsiva e traços disfuncionais de personalidade", sendo sujeito a tratamento psiquiátrico.

Para a suspensão da pena, pesou o facto de o arguido não ter antecedentes criminais e estar inserido na comunidade.

A suspensão da pena fica condicionada à obrigação de o arguido frequentar o programa para agressores de violência doméstica.

O indivíduo foi ainda condenado a pagar cinco mil euros a cada uma das vítimas e terá de manter-se afastado da ex-mulher e do ex-enteado cerca de 500 metros.

A acusação do Ministério Público (MP) descreve várias agressões praticadas contra a mulher, a filha e o enteado, entre 2010 e março de 2017, quando terminou o casamento.

Num desses episódios, o arguido terá agredido a filha, então com dois ou três anos, com "diversos estalos na cara", porque estava "a chorar bastante", quando seguiam no carro em direção a casa.

O caso só chegou ao conhecimento das autoridades depois de a menor ter contado à educadora de infância que o pai era muito violento em casa.

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