Seis anos de cadeia para homem que agrediu companheira grávida - TVI

Seis anos de cadeia para homem que agrediu companheira grávida

Violência doméstica

Durante o julgamento em Coimbra, ficou provado que indivíduo de 36 anos, acusado de violência doméstica, tem "imputabilidade diminuída"

Um homem de 36 anos de Coimbra que era acusado de violência doméstica contra a ex-companheira e a filha e de incêndio na casa das vítimas foi condenado esta terça-feira a seis anos de prisão efetiva.

O homem foi condenado pelos cinco crimes de que vinha acusado (dois de incêndio, dois de violência doméstica e um de dano) pelo Tribunal de Coimbra, bem como ao pagamento de uma indemnização de dois mil euros à ex-companheira e mil euros à filha.

A juíza que presidia ao coletivo recordou que o arguido já tinha antecedentes criminais, nomeadamente violação, incêndio e furto qualificado.

Durante o julgamento, ficou provado que o homem tem "imputabilidade diminuída". O próprio Ministério Público, na acusação a que agência Lusa teve acesso, referiu que o indivíduo tinha uma "debilidade mental ligeira" e problemas de adição alcoólica.

Até trânsito em julgado, o arguido vai permanecer em prisão preventiva, determinou a juíza.

De acordo com a acusação, o homem viveu com a companheira entre 2002 e 15 de julho de 2014 e da relação nasceu uma menina, a 28 de maio de 2004.

Ao longo dos anos, a relação foi "pautada de grande instabilidade", com discussões, separações e reconciliações, tendo o indivíduo ameaçado por diversas vezes matar a mulher e agrediu-a na barriga e na cara, quando esta estava grávida da filha do casal.

Em setembro de 2014, depois da separação definitiva, terá ameaçado a ex-companheira por telefone e, numa discussão em casa das vítimas, agarrou numa botija de gás que se encontrava na cozinha e disse que iria pôr fogo à casa.

A ofendida acabou por conseguir fugir com a filha, refugiando-se na residência de uma amiga, mas, no dia seguinte, de acordo com o MP, o homem entrou na habitação e abriu os quatro bicos do fogão para libertar gás, sem qualquer chama.

A polícia acabou por ser chamada ao local. 

No mesmo dia, o arguido voltou a dirigir-se à residência e terá deitado fogo, com recurso a gasolina, a peças de roupa e a um colchão nas traseiras da habitação, provocando um incêndio que danificou a casa. Foi necessária a presença de três viaturas e 13 operacionais dos Bombeiros de Coimbra para extinguir o fogo.

Já em 2015, voltou a ameaçar a ex-companheira, tendo encontrado o centro de acolhimento familiar onde esta residia.

Continue a ler esta notícia