Suspeito de homicídio de mulher em Moimenta da Beira pede perdão - TVI

Suspeito de homicídio de mulher em Moimenta da Beira pede perdão

  • CM
  • 12 nov 2019, 15:13

"Sei que a agredi, mas não me perguntem onde foi que a agredi e quero pedir perdão à família da Marina, à minha, aos meus amigos, aos amigos dela, à sociedade e a todos os que me viram nascer e crescer.”

O homem suspeito de ter matado uma mulher, em Moimenta da Beira, em janeiro, mostrou-se hoje arrependido no Tribunal, no início do julgamento no qual é acusado de homicídio qualificado.

Sei que a agredi, mas não me perguntem onde foi que a agredi e quero pedir perdão à família da Marina, à minha, aos meus amigos, aos amigos dela, à sociedade e a todos os que me viram nascer e crescer”, disse.

O caso remonta a janeiro, quando foi dado conhecimento à GNR de que “uma mulher de 25 anos estava morta no interior de casa”.

Em tribunal, o arguido, bombeiro de profissão, contou como conheceu a vítima, quando se envolveram, quando ela lhe contou que estava grávida dele e o que levou à discussão na madrugada de 31 de janeiro de 2019, após a vítima chegar a casa do trabalho.

Ela disse que já tinha a solução para o problema e fui lá a casa saber qual era. E ela disse: 'é simples, dás-me 30 mil euros e acabo com o teu problema e ninguém tem mais problemas'. Eu disse-lhe que não pagava, nunca iria pagar e ela levantou-se, andou bastante nervosa para trás e para a frente na cozinha e de repente, pelas minhas costas, agrediu-me com uma faca na minha mão direita”, contou.

Dos factos seguintes o arguido contou que só se lembra “dela caída no chão” e que foi “buscar um pano para pôr à volta da ferida na mão”.

Seguiu depois para o quartel dos bombeiros de Moimenta da Beira, onde estava de serviço e que dista 115 metros da casa onde decorreram os factos.

Em tribunal, o advogado de defesa alegou que ia “tentar provar que a vítima não estava grávida e que sabia que não estava grávida” e que o arguido “tem um corte com direções e profundidade bem definidas” na mão direita e que “foi feito com a mesma faca com que a falecida veio a ser atingida”.

Vou tentar provar em tribunal que a falecida andava com outros homens e o arguido sustenta que a sua ação foi de legítima defesa, ainda que eventualmente excessiva”, alegou o advogado de defesa.

No decorrer da manhã foi ainda ouvido um antigo companheiro da vítima, emigrante na Suíça, e constituído assistente, um militar da GNR, que esteve no local, uma amiga da vítima, que a deixou em casa nessa noite, e a irmã que a encontrou no chão da cozinha pela manhã e chamou a GNR.

A sessão continua da parte da tarde, novamente com o testemunho da irmã.

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