Vinte anos de cadeia por matar a mulher com tiros na mão e na cabeça - TVI

Vinte anos de cadeia por matar a mulher com tiros na mão e na cabeça

  • 18 jan 2018, 20:54
Prisão [Reuters]

Crime ocorreu na rua, em Macedo de Cavaleiros, faz agora um ano. Vítima foi encontrada sem vida, na rua, junto a uma rotunda, atingida com dois tiros de caçadeira

O homem acusado de matar a tiro a mulher, há um ano, numa rua de Macedo de Cavaleiros, foi condenado a 20 anos e meio de prisão. Na leitura da sentença, esta quinta-feira, o tribunal deu “muita atenção” ao flagelo da violência doméstica.

O juiz recordou que, em 2016, morreram duas mulheres por mês, em Portugal para enfatizar que a violência doméstica “é um flagelo social para o qual o tribunal tem de tomar muita atenção”.

O acusado foi condenado a uma pena única de 20 anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado agravado, violência doméstica e detenção de arma proibida e a pagar uma indemnização às duas filhas superior a 100 mil euros.

O indivíduo, de 60 anos, confessou o crime de homicídio e o tribunal deu como provado que efetuou dois disparos contra a vítima, atingindo-a numa mão e, mortalmente, na cabeça.

A sentença fala de “frieza” e lembra que já tinham sido apreendidas a este homem oito armas, meses antes do homicídio.

O agora condenado está detido, em prisão preventiva, desde a altura do crime, que ocorreu ao início da noite de 13 de janeiro de 2017, quando a mulher, de 55 anos, saiu do trabalho em direção a casa e foi baleada.

A mulher do arguido foi encontrada sem vida, na rua, junto a uma rotunda, atingida com dois tiros de caçadeira.

As autoridades terão sido alertadas por vizinhos e o marido apontado imediatamente como suspeito, tendo abandonado o local do crime.

O indivíduo barricou-se numa garagem junto ao apartamento onde vivia e ter-se-á automutilado com uma machada, acabando por ser detido pela GNR.

O casal estaria em processo de divórcio devido a violência doméstica, alegadamente praticada pelo indivíduo contra a mulher.

A situação de violência doméstica já estava referenciada pelas autoridades que, pouco tempo antes do homicídio, tinham apreendido armas ao alegado homicida.

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