Os primeiros anticorpos humanos contra o virus Ébola foram descobertos por cientistas da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Em vista está a criação de uma vacina, de acordo com a edição digital da revista Cell.
A descoberta foi feita a partir de analíses ao sangue de um sobrevivente do surto de Ébola, na África Ocidental entre 2013 e 2016 que causou mais de 11 mil mortos e infetou mais de 29 mil pessoas.
Os dois anticorpos, dos 349 estudados, conseguiram proteger ratos expostos a uma dose letal das três principais estirpes do vírus, incluindo os vírus Bundibugyo e Sudão segundo comunicado da Faculdade de Medicina Albert Einstein.
Também durante a investigação, os cientistas conseguiram perceber que os genes humanos podem estar na origem das células que produzem dos dois anticorpos. Os cientistas já afirmaram que pretendem sintetizar as proteínas que desencadeiam a produção desses anticorpos
A equipa de cientistas descobriu que dois dos 349 anticorpos de um sobrevivente do surto de 2013-2016 que tinham sido isolados num estudo anterior, e conhecidos cientificamente como "ADI-15878" e "ADI-15742", neutralizavam a infeção pelas cinco estirpes do vírus Ébola em culturas celulares.
A nota explica que os anticorpos "ADI-15878" e "ADI-15742", ao ligarem-se a proteínas conhecidas como glicoproteínas interferem no processo em que o vírus Ébola infeta e se multiplica nas células e detetam o vírus quanto ainda está na corrente sanguínea.
Várias têm sido as terapias com anticorpos apontadas como promissoras para o combate à Ébola e tido como um grupo especifico do vírus.
O vírus Ébola provoca febre hemorrágica, uma infeção grave e frequentemente fatal para a qual ainda não há vacinas ou tratamentos.