Empresas "devem avaliar" possibilidade de dar folga na sexta - TVI

Empresas "devem avaliar" possibilidade de dar folga na sexta

  • CP, com Lusa
  • 9 mai 2017, 16:25
Papa Francisco

Associação de empresários cristãos destaca "momento único" da visita do Papa, no centenário das aparições e com a canonização dos pastorinhos

O presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) defende que as empresas devem avaliar a possibilidade de os colaboradores não trabalharem na sexta-feira para acompanharem o “momento único e irrepetível” da visita do Papa.

Acho que os empresários, em consciência, devem avaliar as suas realidades empresariais e as pessoas que com eles trabalham e verem se há essa possibilidade. Cada caso é um caso, mas acho que devíamos promover sempre empresas humanizadas”, afirmou João Pedro Tavares.

O dirigente falava à agência Lusa a propósito da tolerância de ponto concedida aos trabalhadores da Função Pública na sexta-feira, por ocasião da visita do Papa Francisco a Fátima.

Segundo João Pedro Tavares, por um lado, “haverá contextos, empresas e pessoas para quem este é um acontecimento que passa absolutamente ao lado”, mas, por outro, “haverá pessoas para quem o momento é de uma absoluta centralidade nas suas vidas e gostariam de estar presentes”.

Na sua opinião, as empresas devem ter “uma flexibilidade que permita encaixar esta realidade”, uma vez que “não é uma celebração qualquer de um 13 de maio”.

João Pedro Tavares lembrou que “Fátima é transversal a uma parte significativa da sociedade portuguesa” e que “há uma componente de cristãos e católicos muito grande dentro da sociedade”.

Está a ser comemorado um centenário e há também a visita do Papa Francisco, que tem falado muito para fora da Igreja e que interpela muitas pessoas, sejam cristãos, ou não, crentes e não crentes. E, depois, também há a canonização dos pastorinhos."

Por isso, na sua opinião, será “um momento único e irrepetível, onde muitas pessoas quererão estar”.

Acredito que vai ser um momento também vivido por pessoas que não são necessariamente cristãs, ou que não têm uma particular devoção a Fátima. As pessoas vão querer assistir e muitas empresas não têm condições de o permitir."

No seu entender, deverá haver “mecanismos de solidariedade entre os colaboradores para garantir que, se a empresa não tem condições de os dispensar”, eles arranjam uma solução entre si.

“Podem encontrar soluções conjuntas, dentro da lógica: ‘eu hoje tomo o teu lugar e amanhã tu tomarás o meu’. É um momento para promover um maior respeito”, sublinhou.

Continue a ler esta notícia