Miguel Macedo escondeu negócios no Brasil - TVI

Miguel Macedo escondeu negócios no Brasil

Miguel Macedo (Lusa)

Apesar de esta questão não ter consequências criminais, para o Ministério Público demonstra a teia de cumplicidades entre Miguel Macedo e outros dois acusados no processo dos vistos gold

Miguel Macedo, acusado dos crimes de tráfico de influência e prevaricação, escondeu negócios no Brasil com os dois principais acusados do processo vistos Gold. A revelação surge no despacho de pronúncia do tribunal central de instrução criminal.

O despacho, divulgado este sábado pelo Jornal de Notícias, indica que o ex-deputado do PSD e ex-ministro do governo de Passos Coelho escondeu ao Parlamento e ao Tribunal Constitucional negócios que tinha no Brasil com António Figueiredo e Jaime Gomes, figuras centrais do processo dos vistos gold.

A constituição desta sociedade remonta ao tempo em que Miguel Macedo era deputado. Apesar de não ter consequências criminais, para o Ministério Público este facto demonstra a teia de cumplicidades entre Macedo e os outros dois acusados.

Os três constituíram uma sociedade com a firma Tecnobrás para angariação de clientes usando alguns testas de ferro, segundo se lê no documento. 

Todos os arguidos no processo dos vistos gold vão a julgamento, incluindo Miguel Macedo. O antigo ministro da Administração Interna disse, a propósito, que já "estava conformado" de que iria responder perante o tribunal.

"Quando decidi não requer a instrução, não pus em crise nenhuma das coisas que vinha na acusação nesta fase, portanto o resultado só podia ia a julgamento”

A chamada operação Labirinto está relacionada com a aquisição de ‘Vistos Gold' e em causa estão crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.

Neste processo são também acusados o antigo presidente do Instituto de Registos e Notariado, António Figueiredo, o ex-diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria Antónia Anes, e alguns empresários chineses.

 

Continue a ler esta notícia

Mais Vistos

EM DESTAQUE