APAV: violência doméstica domina casos - TVI

APAV: violência doméstica domina casos

  • Portugal Diário
  • 22 fev 2008, 15:20
Violência [arquivo]

Açores: violência doméstica constituiu 99 por cento do total de crimes

Relacionados
O Gabinete de Ponta Delgada da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) atendeu 120 casos em 2007, na quase totalidade mulheres alvo de violência doméstica, revela o relatório daquela estrutura, informa a Lusa.

No Dia Europeu da Vítima de Crime, a gestora do Gabinete, Helena Costa, adiantou que a violência doméstica apresentou uma percentagem de 99 por cento do total de crimes assinalados, nomeadamente os maus-tratos físicos e psíquicos, seguindo-se as ameaças ou coacção.

A maioria das situações que chegaram ao serviço foi da ilha de São Miguel, principalmente dos concelhos de Ponta Delgada e Ribeira Grande, mulheres entre os entre os 26 e os 45 anos.

Segundo as estatísticas, estas vítimas são domésticas (19,8 por cento), seguindo-se os estudantes (14,3 por cento).

Os autores do crime são, maioritariamente, do sexo masculino, entre os 36 e os 45 anos, na sua maioria desempregados.

Como pensa um criminoso sexual?

Cascais investe no combate à violência doméstica

Em 2007, foram maioritariamente as próprias vítimas que estabeleceram o primeiro contacto com o Gabinete de Apoio de Ponta Delgada, deslocando-se ao local, mas serviram-se também do telefone para o fazerem.

De acordo com o relatório, no último ano, o encaminhamento da vítima foi feito por uma rede de amigos ou conhecidos (9,2 por cento) e a família (5,8 por cento).

Tendo em conta que são nas relações familiares que «crescem os principais focos de tensão», a residência comum (85,7 por cento) foi o local do crime mais referenciado, seguindo-se a casa da vítima com 4,8 por cento.

As pessoas casadas, vivendo numa família de tipo nuclear com filhos, foram as que mais recorreram ao Gabinete de Ponta Delgada, em 2007.

Helena Costa explicou que, do total dos 120 processos iniciados no ano passado, «24 por cento não se enquadravam no âmbito da Associação, não existindo portanto qualquer tipo de crime nestes casos».
Continue a ler esta notícia

Relacionados