Covid-19: Gouveia e Melo afirma na Web Summit que quer escrever livro sobre experiência portuguesa - TVI

Covid-19: Gouveia e Melo afirma na Web Summit que quer escrever livro sobre experiência portuguesa

Pela primeira vez na Web Summit, o antigo coordenador da task-force deu conselhos e refletiu sobre o plano de vacinação

Pela primeira vez como orador na Web Summit, o Vice-almirante Gouveia e Melo foi uma das estrelas da maior cimeira tecnológica esta terça-feira.

Recebido com um forte aplauso numa sessão de perguntas e respostas, o ex-coordenador da task-force para a vacinação contra a covid-19 reuniu uma plateia cheia, composta maioritariamente por visitantes estrangeiros, que o apelidaram de "herói".

Mas, quando questionado se está cansado deste título, Gouveia e Melo sorriu e prontamente admitiu: "Sim", mas acrescentou que "somos todos heróis".

Quando me deparei com o problema da vacinação, era um problema sério , mas não consigo resolver tudo. Não sou um super-homem, sou um homem normal", afirmou.

Numa palestra em inglês, marcada pela partilha de metodologias que adotou para combater a pandemia, o vice-almirante deu conselhos e ainda avançou que pretende lançar um livro sobre a experiência.

Planeio escrever um livro sobre a experiência, como uma forma de divulgar as nossas soluções. Como um guia para o futuro", afirmou, após ter sido questionado várias vezes pelos visitantes da Web Summit se podia ajudar a liderar os planos de vacinação de outros países.

Gouveia e Melo deixou ainda claro que, num processo tão complexo, há sempre coisas que pode fazer diferente.

Mas após tantos meses nem sempre me lembro de tudo o que fiz. Não tive muito tempo para refletir no que fiz", concluiu.

Mas, quando confrontado se o Governo português podia aprender com a sua gestão, Gouveia e Melo disse que "em tudo na vida, temos de aprender com as coisas que correm: "Fizemos isto tudo juntos, enquanto comunidade. Esta é a grande lição".

Durante a sessão, houve ainda tempo para o vice-almirante refletir sobre a equidade na distribuição de vacinas pelo mundo.

Nós temos vacinação completa, com 85% da população, mas ainda continuamos a vacinar pessoas. Mas há muitos países ainda com escassez de vacinas e faz-me refletir se o que estamos a fazer é ético. Temos de coordenar os governos para haver vacinas em todo o mundo. A vacinação tem de chegar a todos", apelou.

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