Governo vai defender emprego «até onde for possível»

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse esta quinta-feira em Santa Maria da Feira que o Governo irá «até onde for possível» para defender o emprego, escreve a Lusa.

«Iremos até onde for possível para defender o emprego», afirmou José Sócrates no Europarque, na assinatura de um programa de apoio ao sector da cortiça.

O chefe do Governo frisou que a sua preocupação é «agir sobre a crise e não descrever a crise» ou perspectivar quando e como ela vai acabar.

«Não faço o papel de astrólogo ou de vidente do futuro, nem de comentador da crise. Não me entretenho em descrever a crise».

José Sócrates referiu que não espera resolver todos os problemas com os programas de apoio aos sectores da cortiça, têxtil, calçado e automóvel anunciados nos últimos dias, mas disse que acredita que estas medidas irão «minorar os problemas e ajudar muita gente».

Servir e ajudar as empresas

«Queremos estar junto das empresas, a ajudar as empresas. Este programa não é para servir o Estado, é para servir as empresas».

O primeiro-ministro enalteceu a «parceria estratégica» entre o Governo e as associações industriais, realçando que «o que o país precisa é que haja diálogo, entendimento. 2009 é um ano muito muito difícil», disse, acrescentando que «é nos momentos difíceis que as pessoas se viram para o Estado», pelo que o Governo tem de estar pronto a dar respostas.

Para Sócrates, o sector da cortiça «é talvez a indústria mais moderna das indústrias tradicionais portuguesas», dá boa imagem de Portugal no estrangeiro, é inovadora e é amiga do ambiente. «Queremos continuar a ser líderes no sector da cortiça», afirmou, realçando que o apoio hoje protocolado visa «defender um dos sectores estratégicos para a afirmação de Portugal».