A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) reagiu ao comunicado da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), que criticou a promoção de Rúben Amorim a treinador da equipa principal do Sp. Braga por não ter habilitações para treinar no principal escalão do futebol português.
Numa nota publicada no site oficial, a Liga diz estranhar a posição da ANTF e refere que defende a «capacidade de autorregulação dos clubes do futebol profissional».
«A Liga Portugal tomou conhecimento do comunicado emitido pela ANTF e das declarações proferidas pelo seu presidente, José Pereira, e não pode concordar com as mesmas», pode ler-se.
O organismo que tutela o futebol profissional admite ser sensível aos argumentos usados pela ANTF relativamente às qualificações profissionais dos treinadores mas realça: «Nenhuma equipa técnica das competições profissionais é inscrita se não estiverem cumpridos os pressupostos regulamentares.»
E acrescenta: «Os esforços têm sido evidentes, também, no que concerne à melhoria do regulamento em vigor e, neste campo, a Liga e os clubes têm dado sinais claros da capacidade de autorregulação, pelo que estranhamos as palavras proferidas.»
No mesmo comunicado, a Liga lembra os regulamentos aplicados nos últimos anos. «Desde 2015, a Liga tem estipulado um conjunto de regras cada vez mais rígidas, desde a formação até à garantia do cumprimento salarial das equipas técnicas. Havendo esta parceria, e trabalho desenvolvido em conjunto, muito estranha que nunca a ANTF tenha vindo a público elogiar as medidas implementadas pelos clubes, e que, felizmente têm sido muitas, de rigor e boas práticas», lê-se.
Sem concretizar a acusação, LPFP diz que no verão de 2016 uma «pequena fração do poder político tentou retirar à Liga e aos clubes a sua capacidade de autorregulação. (...) A Liga Portugal e os clubes das competições profissionais jamais admitirão que tal volte a ser colocado em causa», conclui o comunicado.