Varandas sobre Alcochete: «Atiraram-me uma tocha, mas desviei-me» - TVI

Varandas sobre Alcochete: «Atiraram-me uma tocha, mas desviei-me»

Conferência de imprensa do Sporting (Lusa)

Presidente do Sporting foi ouvido esta sexta-feira no Tribunal de Monsanto

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Frederico Varandas foi ouvido esta sexta-feira no Tribunal de Monsanto, por via do julgamento do ataque à Academia de Alcochete, em maio de 2018.

O presidente do Sporting relatou a sua versão dos acontecimentos e revelou que a tocha que acertou em Mário Monteiro, na altura preparador físico da equipa técnica de Jorge Jesus, foi, na verdade, arremessada na sua direção.

«Estava no meu gabinete. Os fisioterapeutas e os enfermeiros antes do treino estavam no balneário a tratar e preparar os jogadores. Apercebi-me de que algo de anormal estava a acontecer, ouvi barulhos fora do normal... murros, pontapés e portas a bater», começou por dizer.

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«Quando me aproximei do balneário estava muito fumo, a visibilidade era reduzida e percebi que estavam a atirar tochas e fumos. Já à porta do balneário um indivíduo atirou uma tocha na minha direção, mas eu desviei-me e acertou no Mário Monteiro, que estava atrás de mim», prosseguiu.

Varandas contou que apenas viu uma pessoa «de cara destapada com uma atitude desafiadora» e que viu Jorge Jesus com um ferimento na face, na zona do lábio.

«Ouvi gritos e alguém a gritar que se não ganhássemos o jogo [da final da Taça de Portugal, frente ao Desp. Aves] iam matar-nos. Alguns jogadores tinham-se refugiado no ginásio. No balneário estava tudo virado do avesso, a máquina da água virada ao contrário, roupas espalhadas por todo lado e os jogadores em pânico.»

Frederico Varandas revelou ainda que foi a casa de Bas Dost retirar os pontos que o avançado tinha levado na cabeça e que disponibilizou a sua clínica particular para alguns jogadores manterem a forma física, como Bruno Fernandes e Podence.

«Nos dias seguintes os jogadores recusaram-se a regressar à academia, diziam que não tinham condições. Nessa altura, vou ser sincero, ninguém pensava no jogo [frente ao Desp. Aves]», referiu.

«No dia do jogo o ambiente era de terror. Queriam vencer o jogo, mas a nível emocional não estavam preparados», atirou.

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