Bruno de Carvalho e Mustafá saem em liberdade - TVI

Bruno de Carvalho e Mustafá saem em liberdade

Sujeitos a apresentações diárias às autoridades e ao pagamento de uma caução de 70 mil euros cada um

Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, e Mustafá [Nuno Mendes], líder da claque Juventude Leonina, ficam a aguardar julgamento em liberdade, sujeitos a apresentações diárias às autoridades. Ambos estão também sujeitos ao pagamento de uma caução de 70 mil euros.

Ministério Público pondera recurso da decisão sobre Bruno de Carvalho

Estas foram as medidas de coação aplicadas pelo Juiz de Instrução Criminal Carlos Delca, que entendeu que apenas em relação ao crime de tráfico de droga, imputado a Mustafá, «se verificam fortes os indícios resultantes dos elementos de prova», razão pela qual considerou não estarem reunidos os pressupostos para a aplicação de medidas de coação mais gravosas relativamente aos outros crimes.

Bruno de Carvalho está indiciado por 57 crimes (20 crimes de ameaça agravada, 12 crimes de ofensa à integridade física qualificada, 20 crimes de sequestro, dois crimes de dano com violência, dois crimes de detenção de arma proibida e um crime de terrorismo). No caso de Mustafá, são 58 crimes, já que, aos outros já imputados a Bruno de Carvalho, acresce ainda um de tráfico de estupfacientes. O juiz acrescenta um crime a cada arguido em relação aos que tinham sido apontados pelo Ministério Público.

O juiz considera também que se verificam os perigos de fuga, de perturbação do inquérito, de continuação da atividade criminosa, bem como a grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas.

O magistrado diz ainda que os dois arguidos revelam um manifesto desprezo pelas consequências gravosas que provocaram nas vítimas.

À saída, Mustafá disse aos jornalistas que não estava satisfeito com as medidas de coação aplicadas. «Acham que eu saio safisteito? Claro que não. Isto valeu tudo. Isto não é justo, eu não tenho nada a ver com isto. Acham que eu sou terrorista? Sou traficante?»

O líder da Juve Leo foi depois rodeado por alguns elementos da claque que estiveram no local a demonstrar apoio ao longo da manhã.

Já Bruno de Carvalho saiu do Tribunal do Barreiro escoltado pela GNR.

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