«Entraram para atacar e agrediram-me na cabeça com um cinto» - TVI

«Entraram para atacar e agrediram-me na cabeça com um cinto»

Misic recordou em depoimento ao tribunal o ataque a Alcochete

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Josip Misic esteve esta quinta-feira a prestar declarações no julgamento das agressões de Alcochete, tendo entrado em direto por Skype, uma vez que joga no PAOK, da Grécia.

«Vieram uma série de pessoas de cara tapada, um funcionário da segurança tentou fechar a porta, mas eram muitos e conseguiram entrar», começou por contar.

«Quando entraram eu estava no lado esquerdo do balneário. Eles diziam palavrões e gritavam. Vieram na nossa direção, vi uns empurrões e fiquei com uma sensação desagradável.»

A partir daí, conta, não houve nenhuma troca de argumentos: começaram logo a bater.

«Fui agredido na cabeça com um cinto. O indivíduo já vinha com o cinto na mão e agrediu-me. Tinha como se fosse um lençol a tapar a parte de baixo da cara e estava vestido de preto. Tinha uma t-shirt cinzenta, não estava com roupa do sporting», recordou.

«Foi a única pessoa que vi com um cinto. Estava a gritar, mas não prestei muita atenção às ameaças.»

Misic lembra-se, de resto, que tudo aconteceu muito depressa.

«Apercebi-me de outras agressões no outro lado do balneário, mas não percebi quem foi agredido nem quem agrediu. Isto tudo demorou mais ou menos 45 segundos depois acenderam uma tocha e saíram.»

O médio croata, que já deixou o Sporting em definitivo, esclareceu também que «não havia ninguém a tentar acalmar». «Eles entraram para atacar», adiantou.

Questionado sobre a atitude de Bruno de Carvalho no meio disto tudo, Misic referiu que o antigo presidente «chegou mais ou menos meia hora depois» e garantiu que não se lembrar de que algum jogador tenha recusado falar com ele.

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