«Rui Patrício foi insolente e o William acusou o presidente» - TVI

«Rui Patrício foi insolente e o William acusou o presidente»

15 de maio 2018, o dia que se escreveu a negro na história do Sporting e do futebol português. O ataque de umas dezenas de encapuzados à equipa na academia de Alcochete levou a um extremo impensável a situação em Alvalade. A rutura que se adivinhava, com a degradação da presidência de Bruno de Carvalho, ficou consumada com a destituição do presidente, as rescisões de vários jogadores e o clube dividido e mergulhado numa crise profunda.

Alexandre Godinho, ex-vice-presidente do Sporting, é testemunha abonatória de Bruno de Carvalho no julgamento da invasão à academia de Alcochete. Disse ainda que Jorge Jesus pediu que o então presidente dos leões não fosse à academia depois do ataque

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Alexandre Godinho, antigo vice-presidente do Sporting, testemunhou esta sexta-feira em tribunal no âmbito do julgamento da invasão à academia de Alcochete, tendo afirmado que Jorge Jesus pediu a Bruno de Carvalho para que este não se deslocasse à academia após os confrontos.

Segundo o antigo dirigente, a cúpula diretiva estava reunida quando o assessor José Ribeiro informou que havia problemas na academia. «O presidente pediu então ao José Ribeiro para avisar que iria para a academia e, pouco depois, ele disse: ‘Já fiz o contacto, mas o mister [Jorge Jesus] disse para não ir», afirmou, acrescentando: «O Bruno de Carvalho disse que não estava a pedir autorização, estava apenas a informar que ia.»

Alexandre Godinho recordou também uma reunião com o plantel a 7 de março, depois do post de Bruno de Carvalho nas redes sociais, no qual o então presidente dos leões lançou fortes críticas ao comportamento dos jogadores na partida fora com o Atlético Madrid para a Liga Europa. «Houve troca de acusações por parte dos jogadores, situações chatas, os capitães não se terão portado muito bem, o trato como que se dirigiam foi corrigido pelo presidente. O Rui Patrício foi insolente e o William Carvalho acusou o presidente de ter mandado fazer estragos nos carros dos jogadores», afirmou.

Alexandre Godinho pronunciou-se ainda sobre a reunião entre a direção e a equipa técnica a 14 de maio, depois da derrota com o Marítimo para a Liga, tendo dito que escutou o teor da conversa numa sala contígua. «Foi dito que não se contava com a equipa técnica para a próxima época», referiu, aludindo a uma cláusula de rescisão de 9 milhões de euros que estaria a dificultar o despedimento imediato do técnico após falhado o objetivo do apuramento para a Liga dos Campeões.

Alexandre Godinho foi ouvido como testemunha abonatória de Bruno de Carvalho, tal como o hoquista João Pinto e o andebolista Carlos Carneiro. Este último referiu-se ao antigo presidente dos leões como alguém que tinha «cultura de exigência, como se impunha a um presidente, mas que era muito próximo da equipa».

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