William: «Três ou quatro agrediram-me no peito e nas costas» - TVI

William: «Três ou quatro agrediram-me no peito e nas costas»

William Carvalho (Lusa)

Médio testemunhou no julgamento da invasão à Academia e disse que reconheceu uma das pessoas no balneário

Relacionados

William Carvalho foi ouvido esta sexta-feira por Skype, no julgamento da invasão à Academia do Sporting em maio de 2018.

O médio de 27 anos, que rescindiu o contrato com os leões na sequência do incidente, e está agora a jogar em Espanha, no Bétis, afirmou em tribunal que se apercebeu da invasão «antes de [de os invasores] entrarem no balneário porque estava no ginásio».

«Eram uns trinta e tal quarenta», disse o jogador, acrescentando que «gritavam e faziam barulho.»

William Carvalho encaminhou-se então para o balneário, onde entraram depois os invasores. «Quando me apercebi já estavam dentro do balneário, o Vasco Fernandes chegou a fechar a porta, mas eles conseguiram abrir porque a porta não tem chave.»

«Eles entraram e estavam aos gritos, a ameaçar: ‘Vamos matar-vos’. E a perguntar: ‘Onde está o William e o Rui patrício?’ Um agarrou-me no braço e disse-me que não era digno de vestir aquela camisola, fui agredido por três ou quatro no peito e nas costas», acrescentou.

«Estava ao pé do Rui Patrício e do Coates, ambos tentaram socorrer-me», disse William Carvalho, que adiantou: «Eu vi lançarem tochas lá fora, dentro do balneário não vi mas percebi que estavam tochas também.»

O jogador, que afirmou que conhece vários dos arguidos - Elton Camará, Domingos Monteiro, Fernando Mendes, Mustafá e Tiago Silva -, adiantou: «Das pessoas que entraram no balneário eu conheci o Valter Semedo.»

«O Rui [Patrício] e o Coates conseguiram segurar os rapazes que me estavam a dar socos e eu consegui sair para a casa de banho. Foi nesta altura que vi o Valter Semedo à porta da casa de banho. Eu perguntei-lhe: ‘O que é que se passa aqui?’ E ele disse: ‘Depois falamos’», explicou William.

O jogador disse ainda ter «visto marcas vermelhas no rosto de Jorge Jesus e Bas Dost com a cabeça partida», e admitiu: «Tive muito medo, quando me agarraram estava numa situação de impotência, fiquei sem saber o que fazer, estava em pânico.»

Continue a ler esta notícia

Relacionados