«Bruno de Carvalho disse à Juve Leo 'façam o que quiserem’» - TVI

«Bruno de Carvalho disse à Juve Leo 'façam o que quiserem’»

André Geraldes

«Presidente estava descontrolado», disse André Geraldes

Antigo team manager do Sporting, André Geraldes revelou nesta sexta-feira, em tribunal, o que o ex-presidente Bruno de Carvalho disse aos elementos da claque Juventude Leonina.

«Na reunião com a claque Juve Leo, Bruno de Carvalho terá dito: ‘façam o que quiserem’», afirmou André Geraldes, de acordo com a Lusa.

O antigo dirigente foi ouvido através de videoconferência na 24.ª sessão do julgamento da invasão à academia do clube, em Alcochete, em 15 de maio de 2018, que decorre no tribunal de Monsanto.

André Geraldes testemunhou que a reunião decorreu a 7 de abril, na sede da Juve Leo, conhecida como a ‘Casinha’, dois dias depois da derrota por 2-0 no terreno do Atlético de Madrid para a Liga Europa.

O antigo team manager referiu que «Bruno de Carvalho era uma pessoa próxima das claques e estava a ser pressionado por elas», depois destas terem «demonstrado insatisfação» pelos resultados da equipa de futebol: o Sporting perdera o acesso à Liga dos Campeões na última jornada do campeonato.

Geraldes afirmou que o antigo presidente «usou um tom bélico com os jogadores», e que, depois da derrota com o Marítimo, em 13 de maio de 2018, dois dias antes da invasão, «o presidente estava descontrolado».

O atual diretor-executivo do Farense assegurou que não teve conhecimento prévio da ida de adeptos à academia, versão dada pelo oficial de ligação aos adeptos: Bruno Jacinto disse ter-lhe enviado duas mensagens escritas na véspera, a avisar que haveria uma visita no dia 15.

Geraldes explicou que soube da invasão «pelas imagens televisivas», pois estava no estádio de Alvalade numa reunião «na qual também estava Bruno de Carvalho, que entrou e saiu várias vezes da sala».

«O Bruno de Carvalho disse para pararmos o que estávamos a fazer e irmos à academia. Fomos juntos», contou.

A única testemunha ouvida durante a tarde garantiu que o presidente Bruno de Carvalho lhe disse que «queria despedir o treinador Jorge Jesus desde o início de maio».

Geraldes referiu que «objetivamente não teve conhecimento de que alguém queria fazer mal aos jogadores do Sporting», mas admitiu que «o ambiente criado ao longo tempo pode ter potenciado» essa situação.

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