Jorge Silas revelou na primeira entrevista como treinador do Sporting que ambiciona conquistar títulos internacionais.
«O nosso objetivo final é levar o Sporting a ganhar títulos e o grande sonho é fazer aquilo que há pouco tempo o hóquei fez: conseguir títulos internacionais. Um treinador do Sporting tem a obrigação de pensar em título nacionais e depois os títulos internacionais, enquanto treinadores deste clube, são os nossos grandes sonhos», revelou o treinador de 43 anos em entrevista à Sporting TV, acrescentando: «A nossa ideia é ir passo a passo. Primeiro queremos recuperar os jogadores animicamente, depois implementar as nossas ideias, e depois disso acho que um treinador do Sporting não tem hipótese: tem de pensar em títulos. Não se pode ser treinador do Sporting sem pensar em ganhar títulos. Eu já sonhava em ganhar títulos quando treinava o Belenenses, então aqui…»
Para alcançar os objetivos, Silas defende que é fundamental uma simbiose entre clube e adeptos: «Por tudo aquilo que o Sporting passou acho que é muito importante o clube unir-se. Não é um discurso que eu use muito, o discurso da união, porque parto do princípio que nós todos devíamos ser um. Não faz sentido para mim haver guerras. O nosso grande objetivo tem de ser um Sporting mais forte. Vamos precisar de toda a gente e em todos os momentos. O nosso propósito é criar uma equipa de que os sportinguistas se orgulhem.»
O antigo médio falou sobre o regresso ao clube de Alvalade, onde passou nos escalões de formação, frisando que isso torna tudo «ainda mais especial».
«Treino há muito pouco tempo e chegar a um clube com a dimensão do Sporting já é um feito assinalável. Mas para mim, que já joguei no Sporting, e que tinha como sonho jogar no Sporting, conseguir ser treinador é ainda mais especial», afirmou, em entrevista à Sporting TV.
«É uma grande responsabilidade ser o líder da equipa sénior do Sporting, mas vivo bem com isso, gosto de desafios. Claro que é especial poder treinar o Sporting. Desejava, sonhava que esse dia poderia chegar, mas não pensei que não fosse tão cedo. Há imensa gente que treina sete, oito anos até chegar à I Liga e alguns que estão a carreira toda sem conseguir chegar ao Sporting e eu em dois anos consegui isso, é um feito assinalável, mas ao mesmo tempo é uma grande responsabilidade. (...) Sei o peso que tenho em cima de mim e não queremos defraudar os sportinguistas», garantiu.
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Com cerca de 20 anos de carreira como jogador, Silas «bebeu» da experiência de muitos treinadores, mas destaca dois nomes: Jorge Jesus e José Mourinho.
«Tenho algumas referências. O Jesus é excecional, o Mourinho também. Se tivesse de escolher um, talvez o Jesus, mas só porque estive mais tempo com ele. Mas acho que são os dois a nível de exigência e capacidade», disse, revelando depois mais treinadores que o inspiram, como «Cruyff, Guardiola, Antonio Conte, Gasperini ou Pochettino».
O timoneiro dos leões contou depois como é que Jesus o influenciou a ser treinador: «Quando apanhei o Jesus, pensei que podia vir a ser treinador. Com tantas coisas que aprendi com ele, pensei isso. Tive pena de não o apanhar antes, porque todos os dias os treinos eram um desafio ao nível de inteligência, ele exigia muito de nós e comecei a ver o futebol de maneira diferente. (…) Ele despertou ainda com mais força esse lado em mim.»