Sporting: três detidos e vários feridos, incluindo polícias, na festa do título - TVI

Sporting: três detidos e vários feridos, incluindo polícias, na festa do título

Trinta pessoas foram identificadas, diz a PSP num comunicado que fala em «comportamentos hostis e desordeiros» no Marquês

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A PSP deteve três pessoas, identificou outras trinta e apreendeu 63 engenhos pirotécnicos durante os festejos do título do Sporting, anunciou esta quarta-feira aquela polícia, avançando que se registaram «alterações relevantes da ordem pública» em Lisboa.

Num comunicado sobre o policiamento dos festejos dos adeptos do Sporting, a Polícia de Segurança Pública sublinha que em Lisboa «das desordens ocorridas e do arremesso de objetos perigosos, incluindo garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos», resultaram ferimentos ligeiros em quatro polícias e num canídeo policial.

A PSP dá também conta que, «do arremesso de objetos perigosos e do uso da força pública», resultaram ferimentos em diversas pessoas, um número que a polícia de momento refere que «não é possível precisar», mas adianta que foram «prontamente assistidas no local».

Esta força de segurança precisa que apreendeu, a nível nacional, 63 artefactos pirotécnicos, identificou trinta pessoas por motivos diversos e procedeu à detenção de três cidadãos.

A PSP acrescenta que planeou e executou um policiamento «de grande envergadura, em diversas cidades na sua área de responsabilidade territorial», mas em Lisboa «ocorreram diversos festejos que, em alguns locais da cidade, resultaram em alterações relevantes da ordem pública».

Na nota, a polícia descreve que, às 14h30 de terça-feira, ocorreu nas imediações do Estádio José de Alvalade, em Lisboa, «uma significativa concentração de adeptos» do Sporting e, pelas 21h18, verificaram-se «comportamentos desordeiros e hostis por parte de alguns adeptos» relativamente aos polícias, «obrigando ao uso da força pública, incluindo disparos com projéteis menos letais, para fazer cessar aquelas condutas perigosas».

A PSP avança que foi necessário reforçar o dispositivo policial em Lisboa para «restabelecer a ordem e tranquilidades públicas» e para «conter as desordens», que consistiram «no arremesso, na direção dos polícias, de diversos objetos perigosos, incluindo garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos, que também atingiram outros cidadãos presentes no local».

«Não obstante as desordens verificadas e o aumento da tensão associada ao desfile previsto, a PSP decidiu manter a sua realização, depois de ponderar os impactos negativos na ordem e tranquilidade públicas, resultantes da sua anulação», frisa, explicando que, cerca das 2h00, iniciou-se o desfile dos jogadores e comitiva do Sporting, em duas viaturas pesadas abertas, entre o estádio e a rotunda do Marquês de Pombal.

Segundo a PSP, para acompanhar o desfile foi utilizado «um forte dispositivo policial motorizado e apeado», tendo em conta os acontecimentos junto ao estádio e ao elevado número de cidadãos que circulavam e permaneciam ao longo do percurso, especialmente na rotunda do Marquês de Pombal.

Esta força de segurança destaca que, durante o desfile e até às imediações da rotunda do Marquês de Pombal, «não se verificaram incidentes de relevo».

No entanto, na rotunda do Marquês de Pombal voltaram a registaram-se «comportamentos hostis e desordeiros por parte de alguns adeptos».

A PSP descreve que foi previamente posicionado um dispositivo policial combinado com um perímetro de grades metálicas no Marquês de Pombal para «conter o elevado número de adeptos» e assegurar «a integridade das faixas de circulação rodoviária».

«Na rotunda do Marquês de Pombal, alguns adeptos deliberadamente derrubaram, em vários pontos, o gradeamento metálico ali instalado, comprometendo o perímetro policial e colocando em perigo a integridade física dos polícias e demais presentes», refere a PSP, frisando que alguns adeptos voltaram a ter «comportamentos hostis e desordeiros» em relação aos polícias que integravam o dispositivo ao arremessarem diversos objetos, incluindo garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos.

Esta situação, de acordo com a PSP, obrigou «ao uso da força pública, incluindo disparos com projéteis menos letais, para fazer cessar aquelas condutas perigosas».

A polícia sublinha ainda que estes comportamentos se agravaram com a aproximação da comitiva do Sporting à rotunda do Marquês de Pombal.

Durante os festejos, milhares de pessoas concentram-se junto ao estádio, quebrando todas as regras do estado de calamidade em que o país se encontra devido à pandemia de covid-19, em que não são permitidas mais de dez pessoas na via pública, nem o consumo de bebidas alcoólicas na rua.

A maioria dos adeptos não cumpriu também com as regras de saúde publica ao não respeitar o distanciamento social, nem o uso obrigatório de máscara.

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