Varandas assume que ficou sem dinheiro para contratar no verão - TVI

Varandas assume que ficou sem dinheiro para contratar no verão

Presidente do Sporting discursou na gala Rugidos de Leão, na qual assumiu que venda de Bruno Fernandes falhou e que isso limitou o reforço do plantel

Relacionados

O presidente do Sporting assumiu que o plano de vender Bruno Fernandes no mercado de verão falhou e que isso impossibilitou o reforço do plantel como estava inicialmente pensado.

«Tudo indicaria que iríamos fazer uma venda histórica que nos permitiria reequilibrar financeiramente as contas e reinvestir um pouco na equipa de futebol. Isso não aconteceu. O mercado não funcionou como esperávamos: assim, tivemos de nos adaptar, de fazer outras vendas no valor necessário para cumprir as nossas obrigações financeiras, mas não conseguimos dispor dos recursos suficientes para reforçarmos o plantel como tínhamos inicialmente planeado», referiu Frederico Varandas num longo discurso durante a gala Rugidos de Leão 2019.

O dirigente lembrou a situação delicada que o clube atravessa e que se agravou nos últimos anos, mas frisou que o cenário de crise é mais antigo do que isso. «O Sporting não está bem há muito tempo: basta analisar o que foram os últimos 35 anos.»

Numa altura em que tem sido muito contestado por uma fação dos adeptos - situação audível na sala - Varandas fez um apelo à união. «Há quem diga, sem razão, que esta direção deveria cair por causa da performance desportiva. Mas passaram 14 meses. Estamos em novembro e, com os resultados obtidos na nossa primeira época, se esse critério tivesse sido aplicado nos últimos 20 anos, sabem quantos presidentes teríamos tido? Não oito, mas sim 19. (…) Acham que é possível vencer com uma média de mandatos de dois anos? Só acidentalmente», destacou, elencando uma série de reformas estruturais que pretende implementar durante este mandato e que, entende, serão fundamentais para tornar a equipa de futebol mais competitiva.

«Não tenho dúvidas de que continuando a fazer estas reformas estruturais, no final do mandato conseguiremos sanar definitivamente a situação financeira do clube e teremos as ferramentas para sermos um crónico candidato a ser campeão. (…) Apesar de ser um homem de fé, há milagres em que não acredito», referiu o presidente do Sporting.

Varandas fechou ainda a porta, por completo, a uma reconciliação com as claques, falando mesmo em «minoria ruidosa que perdeu muitas regalias».

«Estamos a mexer com interesses instalados. Fomos os primeiros, em muitos, a ter a coragem de acabar com um negócio que nada tem a ver com apoio genuíno (...) Fomos os primeiros a acabar com o conceito de uma guarda pretoriana da direção, paga muitas vezes para fazer o trabalho sujo», finalizou.

 

Continue a ler esta notícia

Relacionados