André Pinto em tribunal: «Nem disseram boa tarde, entraram e começaram a bater» - TVI

André Pinto em tribunal: «Nem disseram boa tarde, entraram e começaram a bater»

Antigo central do Sporting diz que Battaglia e Acuña eram os alvos dos invasores da Academia

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André Pinto foi esta quarta-feira testemunha no julgamendo do ataque a Alcochete, tendo referido que os jogadores foram ameaçados de morte e que a intenção dos invasores da Academia era claramente agredir.

«Estava no ginásio e fui a correr para o balneário. Entrei antes de eles entrarem e nessa altura o secretário técnico estava a tentar travar a porta, mas não conseguiu. Eles vinham claramente à procura do Acuña e do Battaglia», referiu.

«Nem disseram boa tarde, entraram, insultaram e começaram a bater. Diziam 'vamos-vos matar, não merecem a camisola que vestem'. Aquilo virou uma confusão, toda a gente de pé com muito fumo.»

Relativamente a agressões, André Pinto referiu que «a única agressão» que presenciou «foi ao Misic».

«Foi agredido com um cinto na cara. Ele não falou, não gesticulou, nada. Parece-me que houve elementos que não sendo o alvo número um levaram por tabela. A agressão ao Misic foi com o cinto, não foi sem querer. Foi de propósito.»

André Pinto adiantou em tribunal que os invasores da Academia «estavam todos lá para a agressão», embora lhe parecesse que «talvez uns estivessem mais exaltados do que outros».

«Mas não vi nenhum a tentar acalmar. Estavam a insultar e partiram logo para a agressão. Houve uns indivíduos que permaneceram mais próximos da porta. Não me lembro de ninguém tentar sair mas não me pareceu possível», frisou.

«Eu estava sentado mas era impossível conseguir sair do balneário. Fiquei com receio, felizmente não fui vítima de agressão física, foi uma coisa breve mas pareceu me uma eternidade.»

Entre outras coisas, os invasores ameaçaram que o Sporting tinha de ganhar a final da Taça de Portugal. 

«Ouvi se não ganhássemos o próximo jogo que nos matavam. Depois disseram 'vamos embora, vamos embora já chega'. E começaram a dispersar. Vi o Bas Dost no departamento médico com ferimentos na cabeça e no corredor vi o Jorge Jesus a chegar com sangue no nariz e bastante combalido», recordou.

«Fiquei com algum receio também pela família. Nos dias a seguir andei mais recatado.

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