O antigo team manager do Sporting, André Geraldes, foi um dos nomes que surgiu na investigação do processo «cashball», relativo a um alegado esquema de corrupção e viciação de resultados em jogos de andebol, que lhe valeu o afastamento do clube.
Seis meses depois, numa altura em que as medidas de coação expiraram, o responsável que assumiu esta semana o cargo de CEO da SAD do Farense concedeu uma entrevista à CMTV, na qual garante estar «de consciência tranquila.»
«Se dei instruções para se pagar a árbitros e jogadores? Claro que não. Nas provas que vieram a público vê-se que não existem referências a mim, não apareço nessas alegadas escutas. É um processo que está em segredo de justiça. (...) Há de ser feita justiça, demore o tempo que demorar», referiu, garantindo não ter qualquer ligação ao futebol.
Na mesma entrevista, André Geraldes assegurou que os 60 mil euros encontrados em Alvalade não lhe pertenciam. «Não era o meu gabinete, que era na Academia. O dinheiro vai estar perfeitamente justificado em sede de averiguações. Já toda a gente percebeu que era dos jogos de futebol. O dinheiro é de bilhetes do Sporting», garantiu.
O antigo team manager dos leões pronunciou-se ainda sobre o alegado envolvimento de Bruno de Carvalho no ataque à Academia de Alcochete. «Não me entra na cabeça que ele tenha pedido o que vimos nas imagens», apontou.