Alcochete: Manuel Fernandes recorda reunião com Bruno de Carvalho - TVI

Alcochete: Manuel Fernandes recorda reunião com Bruno de Carvalho

3/10 Momentos Nacionais de 2018

Antigo coordenador do departamento de scouting testemunhou no tribunal do Monsanto

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Manuel Fernandes disse esta terça-feira em tribunal ter pensado que Bruno de Carvalho se preparava para despedir Jorge Jesus na véspera do ataque à academia de Alcochete.

«Tivemos uma reunião na véspera [da invasão] e o presidente disse uma frase que me fez pensar que ele se estava a referir ao despedimento do treinador», afirmou o ex-futebolista e então diretor dos leões, aludindo à pergunta de Bruno de Carvalho: 'Amanhã, vamos estar todos na academia às 16h00, e aconteça ou que acontecer vocês estão comigo?'.»

Recorde-se que na sessão de segunda-feira, Ricardo Gonçalves, então chefe de segurança da academia, também fez referência à reunião de 14 de maio e À afirmação do ex-presidente do Sporting.

Manuel Fernandes, à data coordenador do departamento de ‘scouting’ do clube leonino, referiu em tribunal que nem todos os indivíduos que invadiram a academia entraram no balneário onde foram agredidos futebolistas e elementos da equipa técnica.

«Penso, pelo aglomerado de pessoas que vi, que houve muitos que não entraram no balneário. Quando entrei no balneário vi quatro ou cinco pessoas de cara tapada a falarem com alguns jogadores, como Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Acuña», disse Manuel Fernandes.

O antigo futebolista recordou ainda ter visto Bas Dost com sangue na cabeça, deitado no chão e a chorar e acrescentou também que não testemunhou a agressão ao holandês.

Manuel Fernandes explicou que no trajeto entre o gabinete, à entrada do edifício, e o balneário houve um indivíduo, que, com um cinto na mão, lhe disse «desvia-te Manel, que isto não é contigo».

O então diretor do Sporting disse não ter visto agressões, tendo apenas ouvido gritos e intimidação verbal, referindo-se ao episódio como «uma coisa muito feia». Manuel Fernandes admitiu que «a certa altura ligou ao treinador Jorge Jesus a pedir para ir para casa», porque não se estava a sentir bem, tendo voltado depois, quando percebeu que os jogadores estavam a depor na GNR.

Manuel Fernandes, que não conseguiu identificar nenhum dos agressores, disse também não ter visto Bruno de Carvalho naquele dia na academia, embora tenha sido informado de que uma hora e meia depois da invasão chegou às instalações com André Geraldes, o então diretor desportivo.

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