Bruno de Carvalho chegou esta quinta-feira à tarde a casa, na zona do Lumiar, tendo encontrado vários jornalistas à espera dele. O antigo presidente do Sporting pediu para as televisões pararem os diretos e posteriormente combinou com todos os jornalistas fazer uma declaração, sem direito a perguntas.
Os jornalistas aceitaram o acordo e Bruno de Carvalho reagiu então aos quatro dias passados detidos no posto da GNR.
«Quero agradecer à minha família pelo apoio, neste que foi o pior momento da minha vida. Quero agradecer aos guardas do posto da GNR do Montijo. Isto que eu passei dá-nos uma perspetiva totalmente nova», começou por dizer.
«Vou assentar um bocadinho e descansar junto da minha família. Sou uma pessoa diferente. Só quem passa por uma situação destas é que percebe o quão complicado é um ser humano ser privado da sua liberdade, querer abrir porta para ir à casa de banho e não poder. Não sei se saio melhor ou pior, mas tanto a nível pessoal como profissional saio garantidamente diferente. A partir de agora quando quisermos falar, combinamos e eu falo com vocês. Mas isto não. A minha família não merece este aparato à porta de casa.»
Depois desta curta declaração, os jornalistas fizeram várias perguntas e Bruno de Carvalho não respondeu a nenhuma.
«Não vou responder a nada. Não foi isto que combinámos. Compreendam que estou a sair do pior momento da minha vida e só quero estar com a minha filha e abraçar a minha filha.»
Recorde-se que Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, e Mustafá [Nuno Mendes], líder da claque Juventude Leonina, estiveram quatro dias detidos no posto da GNR de Montijo e Alcochete, respetivamente, à espera de serem presentes a juiz e posteriormente conhecerem as medidas de coação.
Esta quinta-feira, ouviram finalmente essas medidas de coação, sendo em ambos os casos a mais leve: ficam a aguardar julgamento em liberdade, sujeitos a apresentações diárias às autoridades e ambos estão também sujeitos ao pagamento de uma caução de 70 mil euros.