Conheça o atacante da Academia a quem não foi feita acusação - TVI

Conheça o atacante da Academia a quem não foi feita acusação

Academia de Alcochete

Nuno Loureiro coxeia e chegou atrasado ao ataque, tendo sido identificado junto ao portão de entrada da Academia

O despacho de acusação do Ministério Público, no caso do ataque à Academia de Alcochete, revela que Nuno Loureiro foi um dos adeptos que esteve no grupo de agressores, mas ao qual não foi deduzida acusação.

A explicação dada pela acusação é simples: o referido adepto foi identificado pelas imagens das câmaras de segurança junto ao portão de entrada da Academia, não tendo entrado na mesma, já que coxeia e chegou atrasado ao ataque.

Nuno Loureiro disse, no interrogatório judicial, que outros dois adeptos lhe tinham pedido boleia e que nem sabia o que ia acontecer.

«Disse ainda que não pretendia nem conseguiria agredir qualquer jogador ou quem quer que fosse, porquanto sofreu um grave acidente de trabalho na Escócia e foi-lhe diagnosticada epilepsia pós-traumática, sendo que na sequência desse grave acidente que lhe atingiu o cérebro sofre várias lesões cerebrais, falta de visão, perdas de equilíbrio e coxeia», pode ler-se.

O despacho conclui assim que «face às dificuldades de locomoção e às lesões cerebrais, o arguido não tinha qualquer capacidade para agredir quem quer que fosse, sendo facilmente derrubado por terceiros».

Por isso foi colocado em liberdade e não lhe foi deduzida acusação.

Também a outro adepto, Alano Silva, não foi deduzida acusação, já que este se pôs em fuga para o estrangeiro logo após a detenção dos primeiros 23 atacantes. Já foi, no entanto, emitido uma mandato de captura internacional e o Ministério Público considera que pode ser extraída uma certidão do processo de inquérito se tal for necessário.

 

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