Leonel Pontes assumiu que foi com surpresa que recebeu o convite para treinar a equipa principal, mas assumiu o desafio com «espírito de missão». Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Boavista, marcado para este domingo, o novo treinador falou do primeiro contato «difícil» com um plantel reduzido.
«Foi com um sentimento de orgulho e gratidão que aceitei este desafio. Naturalmente, foi inesperado, estava nos sub-23, com uma equipa que me estava a dar muito prazer trabalhar, num campeonato com grande qualidade, com um grupo de jogadores com ambição de chegar aos altos patamares do futebol. Estou orgulhoso com este desafio e com este sentido de missão de poder fazer o meu melhor em prol do Sporting», começou por destacar.
O novo treinador encontrou, desde logo, muitas limitações, com os internacionais integrados nas respetivas seleções.
«Foi uma semana, quase duas, em que só tivemos dez jogadores. Conseguimos integrar nesse período jogadores de sub-23, começar a introduzir novas ideias. Encontrei um grupo motivado, empenhado ao máximo para tentar demonstrar aquilo que são enquanto profissionais e enquanto jogadores. Foi uma semana difícil, naturalmente. Com poucos jogadores é difícil preparar jogos. Depois, treinos todo o grupo só na quinta-feira. Os jogadores fizeram viagens longas, jogaram noventa minutos sobre noventa minutos e tivemos de fazer alguma gestão», prosseguiu.
Pontes desvalorizou ainda a questão de se o seu cargo está a prazo. Até porque, considera, esse é o cenário para todos nesta profissão.
«Não penso nisso, até porque todos os treinadores estão a prazo. Vimos várias saídas já neste campeonato, o que mostra que todos estão dependentes do rendimento, e eu também estou dependente dos resultados que tiver», disse.
«A minha missão é pôr a equipa a ganhar, a jogar bom futebol e a ser competitiva. Tentar ganhar tem de ser sempre o objetivo numa equipa desta natureza», concluiu.
[artigo atualizado]