Silas: «Temos tido esta capacidade para dar a volta por cima» - TVI

Silas: «Temos tido esta capacidade para dar a volta por cima»

Silas

Sporting-Belenenses, 2-0 [reportagem]

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Jorge Silas, treinador do Sporting, depois da vitória sobre o Belenenses (2-0), no Estádio de Alvalade, em jogo da 11.ª jornada da Liga:

[O que foi preciso mudar para chegar à vitória?]

- Foi preciso mudar o sistema porque não o estávamos a interpretar bem. Este sistema é bom, mas é preciso interpretá-lo bem. Acabámos por perder capacidade de pressão. Quando conseguimos voltar a pressionar, marcámos dois golos e podíamos ter feito mais. A nossa primeira parte foi muito má e a do Belenenses foi muito boa. Desde já os meus parabéns ao Belenenses. Na segunda parte mudámos e fomos melhores, marcámos dois golos e tivemos mais ocasiões de golo. Mas mais uma vez parabéns ao Belenenses pela boa primeira parte.

[O Sporting subestimou o Belenenses?]

- Conheço muito bem estes jogadores. Respeito muito os jogadores do Belenenses e jamais os subestimaria. Eles prepararam bem o jogo, o mérito é deles. Tivemos de mudar e dar a volta por cima. Mas não se tratara de subestimar. Tenho por princípio nunca subestimar ninguém. A maior parte destes jogadores fui eu que os fui buscar, eu e o presidente. O que fizeram na primeira parte já tinham feito comigo, às vezes até melhor.

[Quando substituiu Neto foi como assumir que a estratégia estava errada?]

- A estratégia não estava errada, o que estava errado eram os movimentos. Os centrais, por exemplo, tinham de receber a bola mais à frente. Não estávamos a tirar partido dos três e tivemos de mudar. Não estávamos a aproveitar. A estratégia não estava mal, porque funciona, já funcionou. Não temos muito tempo para trabalhar, temos de arriscar nos jogos. É nos jogos que vimos que estamos a cometer estes erros e temos de alterar. Temos tido essa capacidade de mudar e dar a volta às coisas.problemas nisso.

[A entrada de Luiz Phellype foi determinante para chegar ao golo?]

- O Luiz foi importante, mas o mais importante foi um movimento que tínhamos trabalho, um movimento de fora para dentro de um dos extremos. Foi isso que trabalhamos, precisamos de fazer aquilo que se pede. Temos de fazer mais vezes.

[Porque trocou Rodrigo Fernandes por Doumbia no início da segunda parte?]

- O Rodrigo saiu porque tinha um amarelo. Precisávamos de pressionar e quem pressiona arrisca e ele já tinha um amarelo. Temos de lhe dar tempo. Não podemos chegar aqui e pôr o Rodrigo a jogar em todos os jogos. Temos de os integrar para eles crescerem. Mas saiu sobretudo pelo amarelo.

[Wendel ficou fora dos convocados]

- Quando penso num jogador, não penso se foi caro ou barato. Penso na nossa estratégia, na forma de equilibrar o grupo. O Wendel irá jogar quando tiver de jogar e vai jogar muito. Só tem de continuar a trabalhar. Vai jogar e sei que quando jogar vai corresponder. Agora há timings para tudo.

[O Silas que esteve no banco ganhou ao Silas que montou o onze inicial?]

- Foi o mesmo, o que montou a estratégia e o que depois a mudou. Não há dois Silas, só há um. Honestamente se começasse o jogo outra vez e tivesse tempo para trabalhar, usaria a mesma estratégia. Como não tenho tempo para trabalhar, mudo para uma coisa que penso que à partida vai dar resultado. O onze que acabou, acabou melhor do que o onze que começou. Não vou dar nota a nenhum dos dois. Os jogadores que saíram não foi por culpa deles, foi por culpa minha. Muito provavelmente vão começar de inicio no próximo jogo. Já disse antes que nunca vou desistir de nenhum jogador. Sou muito teimoso e vou continuar a trabalhar com eles. Não deixo ninguém de lado porque fez um mau movimento. Só não acontece a quem não joga. O Neto, por exemplo, que saiu na primeira parte, provavelmente vai estar a jogar contra o PSV.  A responsabilidade é sempre minha, eles vão acabar por fazer aquilo que lhes peço.

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