Amorim: «Quando estivermos a três pontos eu vou assumir a candidatura» - TVI

Amorim: «Quando estivermos a três pontos eu vou assumir a candidatura»

FC Porto-Sporting, 0-0 (reportagem)

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Declarações de Ruben Amorim, treinador do Sporting, na conferência de imprensa após o empate no clássico frente ao FC Porto em jogo da 21.ª jornada da Liga:

«Todos os jogos são um exame. Defensivamente estivemos bem, na construção tentámos estar perto da baliza. Mas nota baixa na capacidade de chegar ao último terço. Temos de levar a bola mesmo até lá. O Tiago Tomás está muito melhor nisso, vai crescer, mas é júnior e jogou contra o Pepe e o Mbemba. Temos de melhorar na capacidade de ter bola no último terço. A Juventus fez aqui dois golos. Nós também arriscámos na construção e não sofremos.»

[O jogo mudou com a entrada de Matheus Nunes?] «Ele tem capacidade de carregar a bola. Teve aquela receção para a frente e forma como ganhou metros naquela bola (aos 73m), em que só falhou no remate.  Não tínhamos possibilidade de ganhar a profundidade e eles entenderam bem isso. Agora, se o Matheus tiver de jogar o próximo é porque é o melhor para ganharmos ao Santa Clara.»

[Sporting mais perto do título?] «Depende do jogo de amanhã [do Sp. Braga em casa do Nacional] para vermos a diferença para o segundo. Não pode estar mais perto se tivermos menos pontos de vantagem. Temos jogadores muito jovens. O Gonçalo Inácio, por exemplo, jogava com miúdos e agora aparece lá o Corona, o Marega, o Manafá. Mas todos fizeram um jogo muito adulto e consistente. Voltámos a não sofrer golos. Parabéns aos jogadores, estou muito orgulhoso deles [...] Se não fizemos mais foi porque não conseguimos. Temos de crescer. Mas há que salientar a forma adulta como os miúdos percebem os momentos do jogo, com paragens... Queremos sempre ganhar. É difícil. A nossa ideia é sempre a mesma.»

[Conceição disse que Artur Soares Dias não devia estar no VAR mas como árbitro principal] «Estava muito concentrado no jogo. Se o jogo parou ou não, não tive essa noção. Foi um jogo muito difícil. O resultado não foi pelo árbitro. Um lance ou outro em dúvida. Não tenho opinião. Não vou dar opinião sobre árbitros. Foi um jogo combativo, difícil, mas não muito espetacular.»

[O banco do FC Porto levantou-se 12 vezes] «Ninguém se levanta de propósito. É natural. Peço desculpa, já agora, ao Nuno Santos que hoje foi massacrado pelas palavras que eu disse e eu estava na brincadeira.»

[Não assumir a candidatura ao título não é contraproducente?] «Temos de jogar com aquilo que é melhor para o grupo. Era impensável para toda a gente no país pensar que o Sporting podia estar com esta vantagem. Quando estivermos a três pontos eu vou assumir a candidatura.»

[Empate com maior sabor de vitória?] «Sabe a empate. É um empate diferente do que foi com o Rio Ave, mas o que eu queria mesmo era ganhar. Os treinadores portugueses vivem disso. Trabalham muito, fazem observação e depois é difícil desbloquear o jogo. Nós temos jogadores para desbloquear, mas os defesas e médios contrários também são muito bons. Além disso, o público dá outra emoção. É como na Premier League. Há jogos em que o público faz a diferença. O clássico pode ser jogado da mesma forma e, com público, parece que teve outro espetáculo e outra emoção.»

[Seria incompetência perder esta vantagem?] «Os jogadores não teriam culpa nenhuma de perder esta vantagem. São muito novos, dão tudo o que têm. Portanto, a responsabilidade seria toda do treinador. Eu vivo bem com isso e só nos dá mais gozo para trabalhar e seguir em frente.»

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