Hélio Sousa considera que Portugal foi superior à Argentina, no segundo jogo do Campeonato do Mundo de sub-20, que está a decorrer na Polónia, mas também diz que, tal como no jogo com a Coreia do Sul, faltou competência nas situações de finalização. O selecionador português considera ainda que os dois golos argentinos foram ilegais.
«Este jogo voltou a ser como o primeiro. Não tivemos competência nas situações de finalização para expressar a superioridade que tivemos no jogo. O primeiro golo é precedido de falta, o segundo parece ser obtido claramente em fora de jogo e isso faz diferença numa competição dessas», destacou.
Golos à parte, Hélio Sousa considera que Portugal foi mais forte do que a Argentina. «Tivemos uma entrega extraordinária e enorme qualidade, contra um adversário que tem jogadores de dimensão muito boa. Foi um excelente jogo, mas faltou-nos competência para expressar a qualidade que tivemos», prosseguiu.
A verdade é que Portugal, apesar de ainda ter a qualificação nas mãos, tem a vida bem mais complicada na luta pelo primeiro lugar do grupo. «A vitória dava-nos a passagem aos oitavos de final e o empate era um resultado que também dava outras perspetivas. Continuamos a depender de nós para terminar com seis pontos e conseguir alcançar a próxima fase», comentou.
E, afinal de contas, o que faltou a Portugal? «Tentámos tudo e de todas as maneiras. Criámos inúmeras situações. Faltou-nos capacidade para, no momento da finalização, no último passe, criar melhores condições para finalizar as jogadas que criámos», explicou.
Um resultado que fez baixar as expetativas dos campeões da Europa. «Estamos todos desiludidos e frustrados por não termos conseguido o resultado que queríamos, mas faz parte. As derrotas doem, moem, mas a diferença vê-se na forma como saímos delas», destacou ainda.
Fernando Batista: «Fizemos um jogo inteligente»
Fernando Batista, o selecionador da Argentina, fez uma análise ligeiramente diferente. «São duas equipas que tentaram dominar o jogo. Foi um jogo atrativo. Houve momentos em que estivemos por cima e noutros estiveram eles. Foi um jogo difícil e já sabíamos disso. Tínhamos de fazer um jogo inteligente, porque Portugal tem uma grande equipa», comentou.
Apesar de tudo, Batista continua a incluir Portugal como um dos «favoritos». «As duas seleções podem ser candidatas, pela história de ambas e pelos jogadores que têm. No entanto, há outras seleções que têm estado bem neste Mundial. Fizemos um jogo inteligente. Não podíamos estar desconcentrados, porque Portugal tem bons jogadores, boas individualidades», referiu ainda.