Florentino Pérez aponta o dedo a «privilegiados que manipularam o projeto» - TVI

Florentino Pérez aponta o dedo a «privilegiados que manipularam o projeto»

Florentino Perez

Presidente do Real Madrid insiste que a Superliga Europeia é a única solução para salvar o futebol

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Florentino Pérez garante que o projeto da Superliga Europeia continua vivo e que os clubes associados continuam interessados em avançar com a competição que continua a defender como a única solução para salvar o futebol da crise provocada pela crise da pandemia da covid-19.

O presidente do Real Madrid começou por fazer um ponto da situação. «A sociedade continua a existir e os sócios que compõem a Superliga também. O que fizemos foi dar-nos umas semanas para refletir perante a virulência com que algumas pessoas que não querem perder os seus privilégios manipularam o projeto», começa por dizer em entrevista ao jornal As.

A verdade é que o projeto esteve poucas horas de pé, desde o primeiro anuncio do Real Madrid até às primeiras desistências dos clubes ingleses, mas Florentino Pérez não se arrepende de ter lançado a Superliga daquela forma. «Não, porque se o tivesse feito de outra forma, a reação desses pouco privilegiados teria sido a mesma. Já em janeiro o presidente da UEFA tinha feito duras advertências contra a Superliga. Quisemos discutir detalhes com a UEFA, mas nem nos deram tempo. Organizaram uma operação orquestrada como nunca tinha visto», acrescenta.

Face à oposição da UEFA, o presidente do Real Madrid explica que recorreu à justiça. «A justiça emitiu uma providência cautelar que diz tudo. Ordena à UEFA, à FIFA e também às ligas e federações nacionais que se abstenham de adotar qualquer medida ou ação, declaração ou comunicado que impeça a preparação da Superliga. Na minha opinião, essa sentença acaba com o monopólio da UEFA. Apesar disso, o presidente da UEFA insistiu nas suas ameaças. São ações que vão contra a livre concorrência na União Europeia e isso é algo muito sério», explicou.

As principais criticas dirigidas à Superliga Europeia são ser um grupo fechado que não dá espaço ao mérito das equipas, mas Florentino Pérez diz que não é assim. «Isso não é verdade, nem uma coisa, nem outra, mas manipularam tudo. Nem é um plano que exclui, nem vai contra as ligas. O projeto da Superliga é o melhor que já se fez para ajudar o futebol a sair da crise. O futebol está gravemente ferido porque a sua economia está comprometida e temos de nos adaptar à época em que vivemos. A Superliga não vai contra os campeonatos domésticos e tem como objetivo que circule mais dinheiro no futebol», argumentou.

Quanto à economia, Florentino Pérez avançou com dados significativos. «Segundo a consultadoria KPMG, apenas em três meses de pandemia que afetou a temporada passada ditou prejuízos aos doze clubes da Superliga de 650 milhões de euros. Este ano, com a temporada completa em pandemia, os prejuízos vão andar entre os 2 mil e os 2,5 mil milhões de euros. O Bordéus acaba de decretar falência. Ou fazemos algo já ou vai acontecer o mesmo a muitos outros clubes», referiu ainda.

 

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