Supertaça: FC Porto-Desp. Aves, 3-1 (crónica) - TVI

Supertaça: FC Porto-Desp. Aves, 3-1 (crónica)

  • Ricardo Jorge Castro
  • Estádio Municipal de Aveiro, Aveiro
  • 4 ago 2018, 22:54

Dragão de reviravolta com toque das Américas

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Aguenta, coração. A viagem ainda agora começou e já vai bem intensa. Na bagagem já leva golos, defesas espetaculares, emoção, expulsão e uma reviravolta a dar a 21.ª Supertaça Cândido de Oliveira da história do FC Porto. Os golos de Brahimi, Maxi Pereira e Corona responderam ao pontapé inicial de Falcão e devolveram um título que já fugia aos azuis e brancos desde 2013.

Aveiro pintou-se de azul e vermelho para receber a 40.ª edição da prova, com direito à oportunidade. A que Conceição deu aos jovens da casa, Diogo Leite e André Pereira no onze inicial. Do lado do estreante Desp. Aves, ao guardião Beunardeau, único reforço absoluto entre os 22 de início.

O maliano Marega foi a grande ausência nos dragões, nada inibidos com a nova dupla da frente. Fiéis à filosofia explosiva de Conceição, laterais subidos, apetite pela bola, pelo ataque. Assim foi em 2017/18. Assim é.

O FC Porto começou com mais bola e foi mesmo a dupla Aboubakar-André Pereira a figurar de início. Respondeu Beunardeau com a primeira de várias grandes defesas.

A vontade de sufocar e retrair os adversários é conhecida do dragão de Sérgio, mas o vencedor da Taça não foi mero servente. Os pupilos de Mota soltaram-se ao ataque. Mesmo na vantagem - que durou 11 minutos - uma equipa, não só a sair rápido, como várias vezes a impedir as investidas do FC Porto, sujeito a alguns passes errados na construção.

A mútua ousadia trouxe frutos ao minuto 14 para o lado avense: Falcão apanhou a bola fora da área após um canto e rematou de pronto. Força e colocação nas contas, golo pela certa.

O FC Porto, naturalmente, foi em busca do empate. Pressionou, procurou espaços. Ora pelo ar, ora pelo solo. E só o génio de Brahimi desbloqueou. Combinação perfeita com Aboubakar e remate entre as pernas de Beunardeau (25m).

Equilíbrio traduzido nas contas e uma primeira parte animada, que ainda teve uma grande ocasião de Derley negada por Casillas (32m), outra de Nildo a rasar o poste (41m) e cheiro a golo do FC Porto, negado por Beunardeau em cima da linha e do intervalo. Pelo meio, revés para o FC Porto e o lesionado Brahimi, substituído por Corona antes do descanso.

FICHA E FILME DO JOGO

Ficha aberta no marcador para o recomeço, atitude de parte a parte. Mas foi o FC Porto, paulatinamente, a ganhar corpo e ocasião. Otávio teve-a soberana no pé direito (54m), mas estava lá um muro chamado Beunardeau.

A expetativa aumentou os ânimos e Conceição acabou expulso após palavras junto ao banco. E foi já da bancada que viu a equipa construir a vitória e o título.

Após uma tentativa de chapéu de Braga, Maxi Pereira foi mais eficaz do outro lado. Combinou com Otávio e rematou com pouco ângulo. Bola de novo entre as pernas de Beunardeau e reviravolta no marcador ao minuto 67.

A vantagem deu conforto ao FC Porto. Tornou-se mais seguro na defesa e teve mais espaço na frente, face ao risco avense. Mota lançou Douglas, Fariña e Baldé ao ataque, mas sem sucesso. Do outro lado, Óliver refrescou o miolo e abriu caminho ao 3-1: serviu o remate colocadíssimo de Corona, traduzido em tranquilidade a seis minutos dos 90.

O Dragão começa em festa, mas com preocupações no boletim clínico. Além de Brahimi, Soares também saiu lesionado.

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