TL: Académica-Rio Ave, 1-0 (crónica) - TVI

TL: Académica-Rio Ave, 1-0 (crónica)

Académica-Rio Ave (LUSA/ Paulo Novais)

Um momento Magique no meio do marasmo

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A Académica somou esta quarta-feira a segunda vitória da época (a última datava de 28 de Setembro do ano passado) e a primeira em casa, afastando automaticamente o Rio Ave das meias-finais da Taça da Liga.
 
A qualidade foi pouca, o interesse também, mas a verdade é que voltar a saber o que é ganhar, em vésperas de visitar Alvalade, e numa altura em que os ânimos em torno da equipa, e, em especial, do seu treinador, estão bastante exaltados, sabe como um bálsamo. Ainda assim, os adeptos apenas perdoaram os jogadores no final. Paulo Sérgio voltou a ser vaiado.

O golo solitário da partida, já agora, obtido por Magique, coincidiu com o aniversário do marfinense. Na mouche. E uma bela prenda para aquele que foi, muito provavelmente, o melhor em campo. 
 
Não se poderia pedir muito mais num jogo onde o objetivo, para ambos os lados, não era mais do que dar ritmo a jogadores mais utilizados, tentando poupar argumentos para as duras batalhas que estão para vir no Campeonato.
 
Em Coimbra, pensa-se na salvação, com Paulo Sérgio alvo de forte contestação, e, por isso, nomes como Rui Pedro, Fernando Alexandre ou Rafael Lopes ficaram no banco, mas mais teriam ficado se as disponibilidades atuais assim o permitissem.
 
Tempo Fábio Santos, terceiro guarda-redes do plantel, fazer a estreia esta época, por entre nomes habitualmente pouco vistos do onze da Briosa, como Jimmy, Pedro Nuno ou Hugo Seco. Estes dois últimos, por exemplo, deixaram boas indicações, quiçá a pedir mais atenção no futuro.
 
Do lado da turma dos Arcos, uma equipa ainda mais descaraterizada, com quatro juniores de início (Óscar, João Cunha, Ernest e Vitó), por entre outros atletas menos utilizados. O futuro da equipa de Pedro Martins passa, seguramente, por alguns destes nomes.
 
Sem a intensidade de outros jogos, foi a Académica que assumiu, naturalmente, a iniciativa do jogo, procurando jogar pelas faixas, em velocidade, quando possível, mas com muito pouca vontade. De parte a parte, diga-se.
 
Magique teve duas boas oportunidades para dar expressão ao marcador, mas não conseguiu dar melhor sequência a boas iniciativas de Hugo Seco e, mais tarde, de Pedro Nuno. Sintomático.
 
Ainda antes do intervalo, um contratempo para Pedro Martins: Prince lesionou-se e teve de ser substituído por Wakaso, que mal teve tempo para aquecer. E como estava fria a tarde. Um pouco como o próprio jogo.
 
Reentrou melhor o Rio Ave, obrigando Fábio Santos a duas defesas atentas, já com Marvin em campo no lugar de Pedro Moreira. Os vila-condenses pareciam mais soltos no terreno, mais intencionais em tudo o que faziam, um prenúncio de que algo bom poderia estar para chegar? Nem por isso.
 
Logo a seguir, Marcos Paulo perdia a melhor oportunidade de todo o encontro, isolado por Ricardo Nascimento, correu, correu, até ter Ederson pela frente e chutar contra o guarda-redes brasileiro.
 
Ainda assim, o jogo animou um pouco, e o golo poderia ter surgido em qualquer das balizas. Marcou a Académica, num lance de insistência, dando corpo, por fim, à contabilidade de oportunidades acumuladas.
 
Mesmo ainda com bastante jogo para jogar, o Rio Ave pouco fez para evitar a derrota e os estudantes, ao contrário do que tem acontecido na Liga, conseguiu desta feita segurar o resultado.
 
 
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