Sp. Braga-FC Porto: como esta é agora a final mais repetida - TVI

Sp. Braga-FC Porto: como esta é agora a final mais repetida

FC Porto-Sp Braga

Reencontro uma semana depois do triunfo minhoto no Dragão é a quarta decisão entre ambos numa década e a final de Taças nacionais que mais vezes se jogou neste período. Com enguiços para quebrar

Sp. Braga-FC Porto, cá vamos outra vez. O reencontro acontece pouco mais de uma semana do triunfo do Sp. Braga de Rúben Amorim no Dragão. Para lá dessa memória bem fresca, a decisão da Taça da Liga 2019/20, no próximo sábado, é a quarta final numa década entre os dois. E passa a ser a mais repetida decisão das Taças nacionais neste período. O Sp. Braga fez-se grande nos últimos anos por aqui, por estas finais, onde leva vantagem no passado recente sobre um dragão avesso a Taças. Procura agora no seu estádio conseguir o segundo troféu na competição, na terceira presença na final. O FC Porto chega à quarta final a reforçar a ambição por uma conquista que lhe escapa desde sempre.

A história recente das decisões entre FC Porto e Sp. Braga tem aliás um início internacional. Começa na Irlanda, na final da Liga Europa de 2010/11, e foi o único triunfo do dragão nesta década. Antes tinham-se defrontado em duas finais da Taça de Portugal, 1976/77 e 1997/98, ambas ganhas pelo FC Porto. Em Dublin, um golo de Radamel Falcao em cima do intervalo definiu o resultado e deu a Liga Europa ao FC Porto.

Passaram apenas dois anos até voltarem a encontrar-se, na decisão da Taça da Liga. E levou a melhor o Sp. Braga de José Peseiro: de novo 1-0, jogo decidido num golo de Alan e primeira conquista do Sp. Braga em quase 50 anos, depois do triunfo até aí solitário na Taça de Portugal de 1965/66.

Foi no Jamor que voltaram a encontrar-se para nova decisão três anos mais tarde. E o Sp. Braga voltou a sorrir. Nessa final da Taça de Portugal de 2015/16, Rui Fonte e Josué adiantaram o Sp. Braga, então orientado por Paulo Fonseca, e André Silva bisou pelo FC Porto, que tinha José Peseiro no banco, para forçar o prolongamento (2-2). Foi até aos penáltis, onde Marafona foi herói e garantiu que a Taça seguia para Braga.

Da equipa do Sp. Braga que esteve no Jamor a 22 de maio de 2016 restam Matheus, que ficou no banco, e Rui Fonte, de volta ao clube esta época. O FC Porto tem ainda Marcano, Sérgio Oliveira e Danilo, que foram titulares nesse dia, bem como Aboubakar, que saiu do banco, e Corona, suplente não utilizado.

O Sp. Braga voltou na época seguinte à final da Taça da Liga, perdida para o Moreirense, o FC Porto já de Sérgio Conceição jogou as duas finais das competições a eliminar na época passada, ambas ganhas pelo Sporting nos penáltis.

Agora volta a ser entre eles, a terceira final de provas nacionais a eliminar entre ambos nos últimos 10 anos, mais do que qualquer outro duelo neste intervalo de tempo. O Sp. Braga atingiu para já um objetivo claramente assumido, chegar pela primeira vez à final em casa, depois de três anos a receber a Final Four.

O incrível Amorim e Conceição contra os enguiços

Agora procura uma vitória que selaria a ouro o incrível arranque de Rúben Amorim à frente da equipa: desde que substituiu Sá Pinto, o treinador de 34 anos que se estreou há apenas três semanas ao comando de uma equipa de primeiro escalão tem quatro vitórias em outros tantos jogos, incluindo os triunfos no Dragão na semana passada para a Liga e sobre o Sporting nesta terça-feira, na meia-final da Taça da Liga.

Ganhar a Taça da Liga como treinador seria evidentemente uma conquista inédita para Rúben Amorim, ele que a venceu antes como jogador. Mas seria inédito também para Sérgio Conceição. O técnico que foi campeão nacional pelo FC Porto em 2017/18 e ganhou a Supertaça também nesse ano ainda procura a primeira vitória numa competição a eliminar. Já jogou três finais, todas perdidas para o Sporting e sempre nos penáltis. A primeira foi em 2014/15, quando treinava precisamente o Sp. Braga, na decisão da Taça de Portugal. E as outras duas aconteceram na época passada.

Não é um quebrar de enguiço apenas para Sérgio Conceição. O FC Porto também tem muitas contas a acertar, antes de mais com a Taça da Liga, que nunca venceu em doze edições. O dragão passou agora a igualar o Sporting em presenças na final – os leões têm duas vitórias e duas derrotas, numa competição que tem o palmarés claramente dominado pelo Benfica, sete vezes finalista e sete vezes vencedor, mas que não chega à decisão desde 2016. Mas o FC Porto nunca ganhou: em 2009/10 levou a melhor o Benfica, depois foi 2012/13 e a vitória do Sp. Braga e por fim 2018/19, com o triunfo do Sporting.

Se alargarmos o olhar para a Taça de Portugal, o jejum é ainda mais significativo: o FC Porto não vence a competição desde 2010/11. São já nove anos sem ganhar provas nacionais a eliminar, num período em que esteve em quatro finais. Tantas como o Sp. Braga, que venceu duas e ambas em duelo direto com o dragão.

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