Taça: Paços Ferreira-Famalicão, 0-1 (crónica) - TVI

Taça: Paços Ferreira-Famalicão, 0-1 (crónica)

Banco com juros históricos

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74 anos depois o Famalicão marca novamente presença nas meias-finais da Taça de Portugal. O conjunto de João Pedro Sousa venceu em Paços de Ferreira (0-1) com um golo nos derradeiros instantes do encontro por intermédio de Diogo Gonçalves, marcando assim encontro com o Benfica na antecâmara do Jamor.

Um triunfo com base no banco, um banco com juros históricos, portanto. O técnico do terceiro classificado da Liga tirou do banco de suplentes os dois jogadores que fabricaram o golo, Anderson e Diogo Gonçalves, passando assim na Mata Real.

Depois do equilíbrio com pouco risco na primeira metade, os famalicenses partiram para uma segunda parte diferenciada, acabando por justificar o triunfo, o quarto consecutivo de um Famalicão que parece ter entrado novamente no trilho das vitórias.

Prudência em demasia

Cautelosas, as duas equipas assumiram uma postura passiva no jogo, não se expondo em demasia. A noção de que a passagem às meias-finais da Taça de Portugal se jogava em noventa minutos pesou em demasia na abordagem ao jogo e, assim sendo, o futebol praticado ressentiu-se.

Lutou-se muito a meio campo, mas sempre com demasiada prudência. Espremendo-se os primeiros quarenta e cinco minutos de jogo não se destaca qualquer oportunidade digna de registo para qualquer um dos lados, pelo que os guarda-redes Simão e Vaná foram pouco mais do que meros espectadores.

O Famalicão deu mostras de ter outra maturidade na construção de jogo, mas a realidade é que não passou dessa intenção de mostrar maturidade, progredindo pouco no terreno com bola. Mais vertical, o Paços ia fazendo pressão de forma criteriosa para depois lançar rapidamente o ataque.   

Banco que rende

Na segunda metade esteve melhor o Famalicão, mostrando o porquê de ter o dobro dos pontos dos pacenses e de estarem em extremidades opostas da tabela classificativa. O conjunto de João Pedro Sousa foi mais acutilante e teve mais afinco na manobra ofensivo.

Fruto disso mesmo construiu uma série de lances em que ficou perto de abanar com as redes. As oportunidades saíram de forma avulsa e com vários intérpretes. Prometiam mas a realidade é que o cronómetro foi avançando sem que essa supremacia se efetivasse.

Foi do banco que saiu o abono famalicense. A oito minutos dos noventa Diogo Gonçalves aproveitou um erro de Bruno Teles para, a passe de Anderson, rematar com firmeza para atira o Famalicão para as meias-finais. Reagiu o Paços, com muita alma mas pouca serenidade. Reação incapaz de desviar o Famalicão da história.

Depois da temporada 1945/46, 74 anos depois o Famalicão está novamente nas meias-finais. Encontro marcado com o Benfica.

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