Taça: Trofense-Benfica, 1-2 a.p. (crónica) - TVI

Taça: Trofense-Benfica, 1-2 a.p. (crónica)

  • Nuno Dantas
  • Estádio do Trofense
  • 16 out 2021, 22:56

Águias precisaram de prolongamento para eliminar o Trofense

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Foram precisos 120 minutos para o Benfica levar de vencido o Trofense, da II Liga, e passar à próxima eliminatória da Taça de Portugal. Na Trofa não houve taça, mas houve uma grande festa dos adeptos locais e dos encarnados. Jorge Jesus foi obrigado a tirar os trunfos do banco, mas foi o capitão André Almeida a marcar o golo do triunfo.

O Trofense fica com o mérito de obrigar as águias a trabalhos extra e de manter a incerteza no marcador até ao final do prolongamento. Equipa bem orientada e aguerrida que tudo por conseguir, pelo menos, chegar às grandes penalidades. O Benfica venceu, mas sofreu... e muito!

Benfica a baixa rotação

Jorge Jesus mudou quase toda a equipa em relação ao jogo com o Portimonense, onde os encarnados averbaram a primeira derrota da temporada. Só Gilberto e Vertonghen sobreviveram à revolução de Jesus. O Benfica defrontava um adversário que nunca tinha vencido. Nas únicas duas partidas entre as duas equipas, na época 2008/09 a formação nortenha venceu o jogo em casa (2-0) e foi vencer à Luz.

Agora, na II Liga, a equipa da Trofa também chegava a esta partida depois de uma derrota caseira e jogava na Taça de Portugal o tónico extra de que todos os jogadores e técnicos gostam: chegar à final... mesmo não sendo o objetivo principal. Rui Duarte também mexeu na equipa, tentando dar maior velocidade ao ataque.

Os locais entraram melhor e foram os primeiros a criar perigo. Apesar de ter uma contrariedade logo no início da partida, o Trofense fez das fraquezas forças e aproveitou a má entrada dos encarnados para chegar à baliza de Helton Leite. Elias chegou mesmo a marcar, após passe magistral de Bruno Almeida, mas estava em fora de jogo.

As águias sentiram o aviso e assumiram as despesas do jogo, partindo em busca do golo. Depois de uma primeira ameaça - apareceu isolado, mas Rodrigo fez bem a mancha -, Everton recebeu o esférico na esquerda, foi puxando para o meio até disparar uma bomba que só parou no fundo das redes. Rodrigo ainda tocou no esférico, porém nada pôde fazer.

A partir daí, os encarnados pegaram no jogo e o Trofense só a espaços é que conseguia chegar à baliza contrária. Gonçalo Ramos esteve perto de fazer o golo, por duas vezes, mas foi Taarabt que ficou mais perto em cima do intervalo. Aí, surgiu Rodrigo com uma espetacular defesa, ao estilo do Karate, a impedir que os benfiquistas chegassem ao segundo.

Golo do Trofense obriga a prolongamento

Na segunda metade, a toada do encontro manteve-se e continuou a ser o Benfica a mandar. Ainda assim, sem criar grande perigo. Jorge Jesus, que já havia sido obrigado a trocar Gil Dias por Valentino, voltou a mexer porque o substituto também se lesionou. Insatisfeito com o rendimento da equipa, o técnico encarnado fez mais três alterações de uma assentada só, lançando João Mário, Yaremchuk e Weigl.

Mas o tiro saiu pela culatra e o rendimento da equipa continuou baixo e os processos lentos. Já do outro lado estava uma equipa aguerrida e a fazer pela vida. Acabou premiado com um golo. Tiago André cruzou da esquerda e, na área, Pachu com um belo golpe de cabeça a fazer o empate.

Prolongamento à vista que o Benfica tentou evitar, mas raramente da melhor forma. A única exceção foi já em cima do último minuto de compensação, dos sete que o árbitro deu. Cruzamento da direita e Everton, no coração da área, a rematar para as mãos de Rodrigo.

Prolongamento como prémio

Mais 30 minutos de jogo foi o prémio para os adeptos da Trofa que não têm contacto com os grandes há mais de dez anos. O início foi equilibrado e, quando Rui Duarte se preparava para refrescar a equipa, com três alterações, o Benfica chega ao golo. André Almeida surge isolado e rematou cruzado para o fundo das redes, com o esférico a bater, ainda, no poste. 

Era a festa dos encarnados. Porém, do outro lado estava uma equipa bem orientada e organizada que nunca virou a cara à luta. Até ao final do prolongamento, foram os da Trofa que mandaram na partida e que encostaram as águias às cordas, apesar de não terem conseguido chegar ao tão merecido golo.

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