Taça: os suspeitos do costume à espreita de uma final que tem sido rara - TVI

Taça: os suspeitos do costume à espreita de uma final que tem sido rara

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FC Porto e Benfica foram obrigados a trabalho extra, mas fizeram valer a lógica e podem reeditar uma decisão que só aconteceu uma vez em 35 anos. Faltam dois convidados para as meias-finais e há história à espera deles

FC Porto e Benfica fizeram valer a lógica, mas só depois de Varzim e Rio Ave valorizarem a forma como aconteceu o apuramento dos dois favoritos para a meia-final da Taça de Portugal. Ambos foram obrigados a carregar no acelerador para seguir em frente e manter em aberto a perspectiva de reeditarem aquela que é a final mais repetida da prova, mas que é também rara nas últimas décadas.

O Rio Ave esteve por duas vezes em vantagem na Luz, a acreditar que podia ser possível repetir os oitavos de final de 2017/18, quando eliminou as águias em Vila do Conde. Mas não conseguiu contrariar a reação do Benfica, que teve Seferovic a sair do banco para decidir, nem a história: os vila-condenses nunca venceram em casa das águias. Também o Varzim esteve à altura do momento e empatou no Dragão, a alimentar memórias de outros tempos, antes de Marcano dar a vitória ao FC Porto.

Portanto, os primeiros semifinalistas são os suspeitos do costume. Que, perante o emparelhamento das meias-finais, só podem agora enfrentar-se na decisão, o que aconteceria apenas pela segunda vez em 35 anos.

Houve na história da Taça nove finais entre FC Porto e Benfica, a última das quais em 2003/04, quando as águias venceram por 2-1 um dragão entre festas: o FC Porto de José Mourinho tinha ganho o campeonato nacional e preparava-se para a final da Liga dos Campeões, que havia de conquistar. Essa é a única decisão entre os dois rivais desde 1985, sendo que nas restantes oito o FC Porto apenas venceu por uma vez, em 1958.

Esta é a sexta presença nas meias-finais nos últimos dez anos para o FC Porto, que chegou por quatro vezes à final na última década, tendo vencido duas: em 2009/10 e 2010/11. Os dragões procuram agora quebrar um período sem conquistas que já vai longo: só por uma vez estiveram mais de nove anos sem ganhar a competição. Quanto ao Benfica, é a sexta presença na meia-final na última década, período em que as águias estiveram três vezes na final, com duas vitórias, a última das quais há três anos, frente ao V. Guimarães.  

História à espera dos convidados que faltam

Faltam dois jogos para decidir os outros semifinalistas e daí virão novidades. O próximo sairá do Paços Ferreira-Famalicão desta quarta-feira, um duelo entre duas equipas da Liga, à procura de deixar marca na competição. Os pacenses procuram a quarta presença nas meias-finais, de olho na repetição da única presença na decisão, em 2008/09, quando perderam para o FC Porto.

Bem mais longínqua a última vez do Famalicão, que tem uma única presença na meia-final, em 1945/46, e pode acrescentar ainda mais uma proeza a uma época fantástica no regresso à Liga após 25 anos, quando chega perto do final da primeira volta no terceiro lugar. No duelo desta temporada entre as duas equipas para o campeonato, o Famalicão venceu o Paços Ferreira em casa, por 4-2. É deste jogo que sairá o adversário do Benfica na meia-final.

Os quartos de final completam-se na quinta-feira, com um duelo de que sairá um convidado inédito para as meias-finais. O Académico Viseu, que já igualou com este apuramento o seu melhor registo na Taça de Portugal, recebe o Canelas, a única equipa do Campeonato de Portugal em prova e estreante nestas lides. A defrontar também o primeiro adversário dos escalões profissionais nesta edição, depois de ter eliminado por três vezes adversários do Campeonato de Portugal – um deles duas vezes, o repescado Valadares – e um dos Distritais. O vencedor do confronto entre Académico Viseu e Canelas defronta o FC Porto nas meias-finais, marcadas para fevereiro.

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