João Henriques: «Fica um amargo de boca» - TVI

João Henriques: «Fica um amargo de boca»

Treinador do Vitória de Guimarães elogia comportamento defensivo da equipa na Luz

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João Henriques, treinador do Vitória de Guimarães, analisa a eliminação nos quartos de final da Taça da Liga, diante do Benfica, no desempate por penáltis:

[sobre a estratégia] «Pretendíamos duas coisas: primeiro fechar o jogo interior do Benfica, os contra-movimentos dos dois avançados, em profundidade e apoio. Baixar as linhas quando o Benfica estava no processo ofensivo, para tentar explorar as costas dos centrais na transição. E depois tentar sair pelo lado contrário ao momento da pressão do Benfica após a perda. Umas vezes tivemos sucesso, outras nem tanto. Umas vezes por mérito nosso, outras por demérito. A equipa esteve muito bem, no processo defensivo foi exemplar. Só sofremos de penalti e o nosso guarda-redes fez três defesas, e nenhuma delas foi extraordinária. O guarda-redes adversário sofreu um golo e fez duas defesas.»

«O Benfica teve mais remates, mais posse de bola, mas isso também foi permitido por nós, pois estávamos em vantagem, o que permitiu esta abordagem. Fica um amargo de boca relativamente ao resultado final, e por falharmos a final four. A equipa foi solidária e superou as adversidades todas que apareceram nos últimos dias. Nesse aspeto, olhando para o futuro, saímos com um horizonte mais alargado.»

«No processo defensivo foi isto que foi trabalhado. No processo ofensivo foi mais curto, pois tivemos menos bola do que desejávamos. Houve largos períodos em que controlámos o jogo, dando bola ao adversário. Concordo que faltou um pouco de chegada na segunda parte. Já não contávamos com o penálti, daquela forma. É evidente que o Benfica apertou um pouco mais, com mais gente perto da área, mas no global estivemos muito bem.»

[sobre Estupiñan, que marcou no primeiro jogo que fez esta época] «Felizmente fez uma estreia a marcar. É bom para qualquer jogador. Já tinha marcado pela equipa B, onde estava quando cheguei, e é mais uma boa opção, com características diferentes. Este era um jogo em que íamos ter menos bola, mais a explorar a transição e a profundidade, e precisávamos de um jogador para discutir mais jogo com os centrais e a aparecer depois em zonas de finalização. Felizmente temos vários jogadores. Ele está connosco há três semanas e está a integrar-se muito bem. É mais um dos bons jogadores que temos.»

[sobre a gestão emocional de Poha, que cometeu o penálti que deu o empate ao Benfica e depois falhou a conversão no desempate] «Os penáltis foram treinados. Treinámos hoje de manhã. Aqueles são os batedores mais capacitados, entre aqueles que estavam em campo. Infelizmente o André (Almeida) acertou no poste e depois o Poha não conseguiu fazer golo. Mas não influencia nada, os jogadores são capazes de superar aquela situação de cometer um penálti e depois ter de converter. É mais um crescimento para eles, não vejo como um problema. Os penáltis já são um fator de algum stress, mas os jogadores estão habituados.»

[sobre o penálti que dá o empate ao Benfica] «Ainda não vi, parece que há contacto. Se o árbitro viu e o VAR concorda, quem sou eu para dizer o contrário. Acho é que há lances mais evidentes, como aquele em que o Helton agarrou fora da área, que podia dar amarelo e um livre perigoso. Mas ainda não vi imagens do penálti, estava longe, e confio na decisão dos árbitros.»

[sobre a estreia do guarda-redes Trmal] «Já é internacional sub-21 pela Rep. Checa. É um dos bons valores do Vitória. Ficou patente isso hoje, e nem tanto pelas defesas, mais pela personalidade que mostrou. Deixámos o Varela de fora e tínhamos dois bons guarda-redes na ficha.»

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