Taça: Sacavenense-Sporting, 1-7 (crónica) - TVI

Taça: Sacavenense-Sporting, 1-7 (crónica)

Este leão é outra loiça

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artigo atualizado às 00h21

De Sacavém diz-se que é outra loiça, por causa da antiga fábrica antigamente ali situada, bem perto do campo do Sacavenense, mas no Jamor o Sporting é que mostrou que é outra loiça.

É certo que o favoritismo estava todo do lado do líder da Liga, mas os leões mostraram-se insaciáveis, e abordaram o encontro desta segunda-feira com a mesma competência com que têm encarado o campeonato.

No Estádio Nacional não houve taça.

Desde logo pelo envolvimento. O Jamor receber um jogo da Taça de bancadas vazias, sem ambiente, é outra loiça, lá está.

É certo que não foi a primeira vez, mas sem a ilusão dos adeptos que enfrenta um nome grande do futebol português torna-se ainda mais frio.

Mas, para além disso, também não houve Taça porque o Sporting nunca deu margem para isso ser sequer uma possibilidade. Insaciável, começou a devorar o adversário bem cedo.

113 segundos. Foi esse o tempo que resistiu o Sacavenense, na prática. O tempo que o Sporting, que apresentou cinco habituais titulares, precisou para encontrar o caminho do golo. O autor foi Nuno Santos, que mostrou a frieza habitual em frente à baliza, mas o mérito maior vai para o passe de Jovane, pela direita.

Definida a rota para contornar a organização defensiva do Sacavenense, Jovane e Nuno Santos tiraram cópia à jogada do golo onze minutos depois, mas o remate do esquerdino saiu calibrado para o poste da baliza de Mota.

Logo de seguida o guarda-redes do Sacavenense defendeu um remate de João Mário com as pernas, e só depois o Sacavenense conseguiu estrear o meio-campo contrário, sobretudo através de lances de bola parada, mas sem conseguir assustar.

Essa era uma das armas da equipa de Rui Gomes para surpreender, mas foi também aí que o Sporting deixou patente a sua superioridade. A ponto de Seba Coates ter imposto a sua presença na área contrária com dois golos (26 e 47m).

Pelo meio marcou Jovane Cabral de penálti, a punir falta de Iaquinta sobre Sporar (32m).

O Sporting chegou ao intervalo a vencer por três golos, mas podia ter feito outros tantos, por força da seriedade com que encarou o jogo e o ritmo razoavelmente elevado que incutiu, tornando quase impossível ao Sacavenense controlar defensivamente a partida.

O segundo golo de Coates abriu a etapa complementar, mas ainda havia muito tempo para mais três golos leoninos, assinados por estreantes. Pedro Marques saiu do banco para bisar também (86 e 90m), e Gonçalo Inácio fechou as contas já em período de descontos.

O tempo foi acentuando as dificuldades do Sacavenense, que podia ter sofrido mais golos, mas que saiu do Jamor com um tento de honra, que ficou propositadamente para o fim deste texto. Iaquinta bateu Max ao minuto 53 e não conteve as lágrimas. Apesar da derrota, fica essa recordação para contar aos netos. Um momento especial para o internacional guineense e para os colegas, quase todos a viver uma noite única na carreira, independentemente do resultado.

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