Os jogadores do Montalegre veem a receção ao Benfica para a Taça de Portugal como uma oportunidade para mostrarem «o valor do futebol transmontano».
O defesa Vítor Pereira e o médio João Fernandes, que já atingiram uma final da Taça de Portugal ao serviço do Desportivo de Chaves, em 2009/2010, comparam o trajeto do Montalegre ao realizado pela formação flaviense.
«Na altura, a história foi acontecendo, fomos passando eliminatória a eliminatória e, quando demos conta, estávamos a lutar pela ida à final, pois jogámos sempre sem pressão», recordou Vítor Pereira, citado pela agência Lusa.
«Naquele plantel tínhamos muitos jogadores transmontanos e essa mística era forte, algo que acontece agora também no Montalegre», lembra o jogador que representou o Desportivo de Chaves num total de quatro temporadas, somando ainda passagens por Freamunde, Tondela, Bragança e Mirandela.
Para Vítor Pereira estar na final no Jamor é «especial para qualquer jogador, clube e adeptos, independentemente do escalão em que competem».
Mesmo perante a dimensão do adversário, o defesa não vê o jogo como perdido e quer pensar no encontro com o Benfica como «mais uma eliminatória». «Não é este jogo que vai definir as nossas carreiras e temos de o encarar apenas como mais uma partida, para continuarmos a mostrar o nosso valor», realçou, garantindo haver no plantel valor para atingir outros patamares.
O médio João Fernandes confessa que está a viver «sensações idênticas» em Montalegre, quando recorda o trajeto pelo Desportivo de Chaves na chegada à final da Taça de Portugal.
«A ida à final foi um sentimento inexplicável, pois fizemos história e aconteceu poucos dias depois de ter nascido a minha primeira filha», confessou o antigo capitão do Desportivo de Chaves.
Há três épocas ao serviço do Montalegre, João Fernandes lembra que o clube transmontano se tem imposto no futebol nacional e que o trajeto na Taça de Portugal confirma o «bom trabalho desenvolvido».
Apesar de encarar o jogo frente ao Benfica como uma oportunidade única para «desfrutar», o médio destaca que o fator casa será «importante para a eliminatória».
«Estamos habituados a jogar com frio e em maior altitude e vamos aproveitar isso para criar dificuldades e demonstrar o nosso valor», diz o flaviense, que, além de oito temporadas ao serviço do clube da sua terra, representou ainda Feirense, Gondomar e Mirandela.