O Airlander 10, a maior aeronave alguma vez construída descolou, esta quarta-feira, do hangar de Cardington, a norte de Londres.
Durante o voo de cerca de meia hora ouviram-se aplausos dos espectadores. Vários fotógrafos e curiosos esperaram ao sol para verem a nova aeronave no ar, cujo design exterior a fez ganhar a alcunha pouco elogiosa de “rabo voador”.
Com 92 metros de comprimento, o Airlander 10 é um híbrido de avião, helicóptero e dirigível, cujo projeto foi desenvolvido para usar menos combustível que um avião, mas carregar mais carga – até às 10 toneladas.
Esta nova proposta da área da aviação pode atingir a velocidade de 148 km/h e permanecer no ar por mais de duas horas. O objetivo é usar a aeronave como alternativa para o transporte de cargas aéreas.
Inicialmente, o projeto foi pedido pelas forças armadas americanas, que planeavam usar a aeronave em missões de reconhecimento e vigilância no Afeganistão, mas foi abandonado em 2013 e, desde então, assumido pela pequena companhia britânica Hybrid Air Vehicles, que pretende inaugurar uma nova era para a aviação mundial.
Os Zepelins voltaram
Os dirigíveis tiveram a sua época de ouro no início do século passado, mas a sua utilização foi suspensa após graves acidentes, sendo o Hindenburg, em Nova Jérsia, nos EUA, o mais famoso. Na Alemanha, esses aeróstatos, também conhecidos como Zepelins, foram usados durante a Primeira Guerra Mundial.
O Airlander 10 é movido a hélio, um gás não-inflamável que consegue colocar a aeronave no ar, mesmo que tenha o tamanho equivalente a um campo de futebol e o peso igual a seis autocarros de dois andares.