Como pescar carpas, organizar uma lista de compras ou comunicar com uma criança com autismo são algumas funcionalidades de aplicações móveis criadas por alunos que vão à final de uma competição, na sexta-feira, em Lisboa.
A iniciativa, que se realiza pela primeira vez em Portugal, chama-se "Apps for Good" e nasceu no Reino Unido, em 2010. Desafia estudantes dos ensinos básico e secundário a conceberem aplicações (app) para telemóveis, ou outros suportes tecnológicos móveis, com intuitos sociais: que ajudem a resolver um problema da sua comunidade (good).
A primeira final nacional de "Apps for Good", que apresenta 16 aplicações de 16 escolas, decorre na sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian.
De acordo com a Lusa, ao todo, 300 alunos, dos 10 aos 18 anos, de 16 escolas, orientados por 32 professores, desenvolveram 56 aplicações, das quais foram selecionadas 16 para a final.
O projeto que ficar em primeiro lugar vai, no próximo ano, à final internacional e tem assegurado o apoio de uma empresa de engenharia informática.
Alunos da Escola Secundária Filipa Vilhena, no Porto, conceberam o "Food Organizer", uma aplicação que permite atualizar a lista de compras de casa, fazer as refeições de acordo com os ingredientes disponíveis na despensa e escolher a melhor receita.
Já estudantes da Escola D. Sancho II, de Alijó, criaram "SOS Sénior", uma aplicação para "smartphone", com imagens, que possibilita aos idosos acederem a contactos de emergência, como bombeiros, e de apoio, como a Linha Saúde 24, e receberem alertas sobre a toma de medicamentos.
Um sistema incorporado de geolocalização permite que, por exemplo, em caso de acidente, o idoso possa ser facilmente localizado por equipas de socorro.
No Agrupamento de Escolas de Santo António, no Barreiro, os alunos socorreram-se igualmente de imagens para desenvolverem uma aplicação móvel que ajuda crianças, jovens e adultos, nomeadamente com autismo, síndrome de Down e vítimas de acidente vascular cerebral, a superarem dificuldades de comunicação.
A aplicação, "EBSSA mais especial", pode ser personalizada de acordo com as características do utilizador.
Outras "apps", que entram na competição e podem ser vistas na sexta-feira, na Gulbenkian, permitem obter informações sobre um clube desportivo e jogos de futebol, sobre novidades cinematográficas ou sobre os vinhos produzidos na Adega de Borba.
Há também aplicações que dão dicas sobre a pesca desportiva da carpa - os melhores locais, os materiais a usar, os engodos e os tipos de carpa que se podem pescar - e de como solucionar problemas informáticos.
Para quem gosta de passear, há uma "app" que funciona como um guia turístico de Portugal, com informação sobre eventos, património, locais de interesse a visitar, restaurantes e serviços.
A iniciativa "Apps for Good" envolve, em Portugal, vários parceiros, incluindo a Direção-Geral de Educação, a Associação Nacional de Professores de Informática, a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação EDP e a Microsoft (estas três últimas entidades são as principais fontes financiadoras).
Apps criadas por alunos portugueses competem em desafio final
- Redação
- AR
- 10 set 2015, 10:43
Como pescar carpas, organizar uma lista de compras ou comunicar com uma criança com autismo são algumas funcionalidades de aplicações móveis que vão à final da competição "Apps for Good", na sexta-feira, em Lisboa
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