A NASA está a contar com a ajuda do público na missão Juno.
De acordo com a agência espacial norte-americana, os cidadãos estão a desempenhar “um papel substancial” a obter imagens nunca antes vistas de Júpiter.
Desde 2016, que a sonda Juno orbita Júpiter, explorando a atmosfera e cartografando os campos magnéticos e gravitacionais do planeta.
A sonda carrega também a JunoCam: uma câmera projetada especificamente para gravar imagens dos pólos, áreas do planeta gigante ainda não documentadas devidamente.
A JunoCam capta fotografias através de uma lente grande angular, que resultam em vários fragmentos da imagem do planeta.
Depois disso, é a vez do público entrar em ação. Segundo explica a CNN, depois das imagens chegarem à Terra, o público tem acesso aos dados em bruto que, com um pouco de conhecimento em edição de fotos, são processadas em algumas das imagens mais impressionantes e alguma vez vistas de Júpiter.
"Não temos uma equipa formal de ciências da imagem na missão Juno, então decidimos pedir ao público para nos ajudar", diz Candice Hansen-Koharcheck, co-investigadora responsável pela JunoCam.
Os astrónomos amadores auxiliam ainda o planeamento, determinando quando a JunoCam deve fotografar Júpiter e onde.
"Não sei o que faríamos sem eles!", diz a investigadora, acrescentando que "nos últimos dois anos, passámos a confiar neles como membros importantes da nossa equipa virtual".
Segundo avança Kevin Gill, engenheiro informático da NASA, a JunoCam já permitiu ver ciclones nos polos de Júpiter: "Finalmente temos imagens realmente nítidas.”
Projetado para durar, pelo menos, sete órbitas, a Juno Cam já conta com 26 voltas ao planeta e não dá sinais de abrandar.
A missão já foi estendida uma vez e a equipa está a analisar a possibilidade de prolongar por mais tempo.