Em causa está uma imagem que mostra o cenário do Bataclan, depois das explosões e tiroteios, onde surgem vários cadáveres. O Ministério do Interior fez o pedido ao Facebook, que detém também o Instagram, e ao Twitter para banir a fotografia, em França. Esta foi considerada “um atentado grave à dignidade humana” e que “vem pôr em causa o sigilo da investigação”.
De acordo com o Le Figaro, o autor da imagem ainda não é conhecido, mas a fotografia já foi republicada várias vezes por contas no Twitter ligadas à extrema-direita.
A fotografia não foi censurada, a nível mundial, uma vez que muitos meios de comunicação já se serviram dela para fins informativos. Por exemplo, o jornal britânico Daily Mail publicou a fotografia, desfocando os corpos.
A Polícia Nacional francesa já veio a público pedir para as pessoas não contribuírem “para a difusão de fotos da cena do crime”, “por respeito às vítimas e aos seus familiares”.
Par respect pour les victimes et leurs familles, ne contribuez pas à la diffusion des photos des scènes de crime #AttackParis #fusillade
— Police Nationale (@PNationale) 15 novembro 2015
Para além disto, o Ministério do Interior pediu que fosse retirado um vídeo de propaganda jihadista que, segundo o jornal francês, já foi bloqueado pelo Facebook, em França. O vídeo em causa foi primeiramente partilhado por uma deputada italiana, para denunciar a situação, mas já foi visto mais de 17 milhões de vezes.
Desde janeiro que a rede social já bloqueou 295 publicações, a pedido do governo francês. Para impedir que alguém em território nacional veja as fotos, o Facebook analisa os endereços de IP dos computadores e não o idioma ou a localização das fotos do utilizador.