Jogar às cartas ou navegar na Internet ajuda o cérebro a envelhecer com saúde - TVI

Jogar às cartas ou navegar na Internet ajuda o cérebro a envelhecer com saúde

Cérebro [Reuters]

Estudo revela que, mesmo em idosos com variação genética associada à doença de Alzheimer, o declínio mental daqueles que se mantêm ativos é menor

Atividades simples como jogar às cartas ou navegar na Internet ajudam a evitar o declínio mental associado ao avanço da idade. Isto é válido mesmo para idosos com 70 anos ou mais, assegura um novo estudo levado a cabo pela Mayo Clinic's Scottsdale, do Arizona, Estados Unidos, e agora divulgado no jornal JAMA Neurology.

Os novos dados adiantam que os benefícios da atividade cerebral eram maiores nos utilizadores de computadores e nos idosos que não tinham a variação genética associada à doença de Alzheimer. Contudo, mesmo entre os idosos com aquela condição, o declínio mental que por vezes precede a demência é menor naqueles que levam a cabo atividades que estimulam a mente.

Yonas Geda, neurologist da Mayo Clinic's Scottsdale e autor do estudo, sublinha que são atividades ao alcance de toda a gente e que “ninguém precisa gastar as poupanças de uma vida” em gadgets para as levar a cabo.

De acordo com a Associated Press, os investigadores sublinham que as ligações estatísticas encontradas não provam, por si só, que as atividades são responsáveis pelo envelhecimento saudável do cérebro. Contudo, sublinha Heather Snyder da Associação Alzheimer, os resultados apresentados neste estudo vêm suportar a ideia de que “manter-se mentalmente ativo é bom para a saúde cerebral”.

O estudo analisou cinco tipos de atividades que ajudam a manter a mente ativa: o uso de computador, artesanato, jogos de xadrez ou de catas, cinema ou outro tipo de socialização e ler livros. Os investigadores concluíram que a exigência cognitiva imprimida nesse tipo de atividades não interfere muito com as tarefas do dia-a-dia, mas influencia os riscos de desenvolvimento de Alzheimer ou de outro tipo de demência.

A investigação envolveu cerca de 2 mil idosos, com idades entre os 70 e os 90 anos e sem problemas diagnosticados de memória. Os investigadores concluíram que quase todas as atividades exerciam um efeito protetor do cérebro, exceto a leitura de livros, cujos resultados não eram tão significativos. Os idosos que exerciam alguma das outras atividades pelo menos uma vez por mês tinham menos 20 a 30 por cento de hipóteses de desenvolver uma condição de demência do que aqueles que não exerciam qualquer atividade.

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