Cão que se temia extinto está vivo (e bem vivo) - TVI

Cão que se temia extinto está vivo (e bem vivo)

Durante mais de 50 anos, os investigadores não conseguiram confirmar a existência do Cão Selvagem das Montanhas da Papua Nova Guiné

Há mais de 50 anos que aquele que é considerado o cão mais antigo do mundo não era visto, tanto tempo quanto duraram os receios da sua extinção. Mas tudo mudou em setembro do ano passado.

No decorrer de uma expedição nas montanhas da Papua Nova Guiné foram encontradas pegadas do cão selvagem que ali tem o seu habitat nativo, uma espécie considerada pelos cientistas como “o elo entre os primeiros canídeos e os atuais cães domésticos”, o “mais raro e antigo”.

Os investigadores da Universidade de Papua e da Fundação australiana de Pesquisa do Sudoeste do Pacífico (Southwest Pacific Research Foundation, no original) conseguiram avistar uma população de pelo menos 15 cães, “aparentemente saudáveis”, depois de, nos dias seguintes à descoberta, ali acorrerem com câmaras e armadilhas na esperança de conseguirem registos fotográficos do histórico animal.

Foi a primeira vez em mais de cinco décadas que foi possível confirmar a olho nu a existência destes cães selvagens.

A “prova definitiva”, de acordo com a Fundação para o Cão Selvagem das Montanhas da Nova Guiné (New Guinea Highlands Wild Dog Foundation, no original), consta em mais de 140 fotografias, que ilustram um cão que se temia extinto mas que afinal está bem vivo naquelas montanhas, a 3700-4600 metros acima do nível do mar.

Entre a população há adultos do sexo masculino e feminino, pelo menos uma fêmea grávida e algumas crias com cerca de três/cinco meses. Há também cães com diferentes tons de pelo: creme, acastanhado e branco e preto.

Durante a expedição foram também recolhidas amostras fecais que permitirão estabelecer a sequência de ADN deste animal.

Estes cães, que são parecidos com o Dingo australiano, foram avistados tanto individualmente como em pequenos grupos.

“É um verdadeiro fóssil vivo”, garante a fundação.

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