Está prestes a arrancar para a fase de ensaios clínicos em humanos uma vacina contra a covid-19 que está a ser desenvolvida num laboratório de Cantanhede.
Depois do sucesso em animais, os cientistas pretendem dar mais um passo para obter uma imunização contra o novo coronavírus. Além de ser portuguesa, esta vacina tem um outro pormenor curioso: em vez de ser administrada com seringa, será dada por inalação, com o objetivo de dar maior capacidade aos pulmões.
Os testes em humanos avançam a meio do ano, num produto que traz algumas vantagens em relação às que já se encontram no mercado.
Usamos como vacina o vírus inativado, o que permite uma apresentação ao sistema imunitário do vírus como um todo, aumentando a eficácia contra novas variantes", refere Pedro Madureira, co-fundador do Immunethep, que está a desenvolver o produto.
Até ao momento foi investida uma soma próxima do milhão de euros, mas serão necessários outros vinte para a nova fase, o que motiva uma esperança de financiamento, que também pode chegar da União Europeia.
Para os ensaios clínicos vão ser chamadas duas mil pessoas, com os critérios a serem definidos pelas entidades reguladoras.