Estação espacial chinesa cairá na Terra no fim de semana: "Não será como nos filmes" - TVI

Estação espacial chinesa cairá na Terra no fim de semana: "Não será como nos filmes"

Agência espacial chinesa emitiu comunicado a explicar a queda e a minimizar o impacto da reentrada da Tiangong-1 na Terra

A estação espacial chinesa Tiangong-1 vai cair na Terra este fim de semana, garantem especialista espacial da Agência Espacial Europeia.

Desocupada desde 2013, a estação espacial, que tem 10,4 metros de comprimento e 3,3 de diâmetro, está em queda livre e será o primeiro objeto a reentrar na atmosfera sem controlo e redirecionamento para o mar e, por isso, há 13 agências mundiais a monotorizá-la para perceber com exatidão onde poderá cair e, assim, evitar danos.

Esta quinta-feira, a agência espacial chinesa emitiu um comunicado a referir que a queda ficará concluída entre 31 de março (sábado) e 4 de abril (quatra-feira) e que não provocará qualquer dano.

"Não há necessidade das pessoas se preocuparem com a reentrada na atmosfera. A estação não vai cair na Terra ferozmente, como em cenários de filmes de ficção científica, parecerá mais uma chuva de meteoros", lê-se no comunicado.

Holger Krag, chefe de detritos espaciais da Agência Espacial Europeia, disse à Reuters que a queda acontecerá no fim de semana (31 de março ou 1 de abril) e foi de encontro à ideia dos chineses, de que não haverá danos para as pessoas.

A maior parte do material da estação espacial irá arder com a passagem na atmosfera, mas não se sabe com exatidão a quantidade de material que depois colidirá com a superfície terrestre. Tal como numa chuva de meteoros, a probabilidade de alguém ser atingido é de "um em 700 milhões".

Espera-se que a nave atinja velocidades de 27.000 km (16,777 milhas) por hora e que após a passagem na atmosfera, os materiais vão arder totalmente ou desintegrar-se e, desta forma, podem cair em diversos sítios do planeta, sendo que apenas uma pequena parte cairá. 

Krag diz mesmo que quem estiver atento ao céu poderá ver uma espécie de estrela cadente no céu, mas a passar mais lentamente.

Os estudos que têm vindo a ser feitos apontam para que os destroços caiam entre as latitudes de 43º norte e 43º sul, de Londres (Reino Unido) a Wellington (Austrália), uma faixa muito extensa que inclui países como Portugal e Espanha (ambos na zona de maior probabilidade).

A foto deste artigo é a primeira a ser revelada da estação em queda e foi publicada pela Agência Espacial Europeia, a ESA. Neste momento a estação espacial estava a 270 quilómetros de altitude.

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