O mundo continua quente. As temperaturas são demasiado altas e ameaçam populações humanas, animais e a biodiversidade num todo. Um relatório da NASA, apresentado esta quarta-feira, mostra que as temperaturas, no solo e nos oceanos, registadas no último ano são as quartas mais latas desde que há registos, mas pode haver uma boa notícia.
It's official! According to @NASAGISS & @NOAA, Earth's 2018 global surface temperatures were the fourth warmest since 1880, with warming trends strongest in the Arctic region 🌡️. Stay on top of the trends at: https://t.co/oyaJrze27T pic.twitter.com/fSkYmG720m
— NASA (@NASA) 6 de fevereiro de 2019
Desde 1880 a temperatura média global passou de 0,1 graus Celcius para 1,1º Celcius. O número pode parecer insignificativo à primeira vista, mas altera por completo o bem estar dos ecossistemas. O mais alarmante deste números é a subida de mais de três graus registada no Ártico e que contribui para o degelo das calotes polares. O degelo, daqueles que são as maiores reservas de água doce do mundo, é um dos fatores que contribui para o aumento do nível médio das águas do mar.
O ano foi marcado por períodos de seca extrema na Austrália, EUA e na Europa. Um dos marcos para os cientistas é o facto de 18 dos 19 anos mais quentes terem sido registados depois de 2001.
Another plot of the 2018 annual global temperature anomaly, this time using our usual Twitter color table and the Equal Earth map projection. For more about 2018 temperatures, please see https://t.co/mbhcFWlPfY pic.twitter.com/EkQnyGwbSN
— NASA GISS (@NASAGISS) 6 de fevereiro de 2019
O recorde da temperatura mais alta foi registado em 2016, mas daí até agora há uma tendência para a diminuição da temperatura. Aqui reside uma janela de oportunidade para alterar o paradigma que ameaça as espécies que habitam o planeta azul.
A subida das temperaturas coloca em risco diversas espécies como os corais, no Oceano Índico e Pacífico, bem como espécies de urso polar no Ártico, entre outras. A ONU mantém os avisos sobre as alterações climáticas e apela para o cumprimento do Acordo de Paris. Desde a assinatura deste tratado sobre o clima por diversos países, em 2015, que a tendência passou a ser descendente.