Especialistas norte-americanos acreditam que o número real de pessoas com Alzheimer no mundo seja o dobro do que se conheece, que é em torno de 47,54 milhões, avança o jornal inglês The Sun.
Muitas pessoas tem a doença de Alzheimer mas não apresentam os sintomas, defendem os investigadores. Além disso, o número pode ser incorreto tendo em conta que o diagnóstico de muitos casos é baseado numa avaliação clínica que parte da pergunta “você têm demência?”, feita aos pacientes.
Por isso, cientistas da Mayo Clinic, em Minnesota – Estados Unidos – acreditam que há pessoas que podem estar a viver com Alzheimer sem terem um diagnóstico formal.
Exames feitos em 2.500 pessoas mostraram que mesmo as que não foram diagnosticadas com a doença apresentaram sinais de placas de proteína e outros marcadores do Alzheimer. Significa isto que a doença está presente em pessoas que não têm necessariamente os sintomas.
Argumenta a esquipa de cientistas que, quanto mais tardio é o diagnóstico, mais difíceis são as possibilidades de curar a doença, porque as células cerebrais já se perderam. E esse quadro é irreversível.
Muito mais pessoas têm a doença, mas não apresentam sintomas, tal como muito mais pessoas têm hipertensão do as que tiveram um derrame, ou muito mais pessoas têm diabetes do que aquelas que ficaram cegas. A definição clássica de Alzheimer não abrange pessoas que têm a patologia, mas que têm sintomas.", disse Jack Clifford, da Mayo Clinic.
Por estas razões, defendem os especialistas que o diagnóstico da doença seja feito através de análises ao sangue, para que se consiga identificar os marcadores da doença nos casos em que não há sintomas.